Cheguei, meu sangue está quente / zumbindo igualmente / cavalo do cão / coberto de arruda e liamba / e um ponto de samba na palma da mão. // E eu vim bater mão ao cangaço / e cantar sem cansaço / querendo um calor / no verso, pimenta, aguardente / que comida quente é que tem mais sabor. // No caminho, me aquilombei / no chão escutei quem ia e quem vinha / quem é do samba deseja / enfrenta a peleja com tropa de linha. // Na praça de guerra quem gira / não erra o que mira na ponta da vara / quem risca nesse chão comigo / não acha perigo que não meta a cara. // A tropa formou na frenteira / caiu na tricheira / não reclame a dor / formiga trabalha sem mágoa / mas um pingo dÂ?água pra ela é lagoa. // A guarda formando a enchente / descendo o batente não vem pra voltar / só brigo soprando assovio / que a chuva é pro rio e o rio só dá no mar. // A tropa reúne de pronta / quem tiver a conta que mande pra mim / calcule, não renegue o preço / que entrei no começo sem saber do fim.
Compositor: Sergio Roberto Veloso de Oliveira (Siba) ECAD: Obra #34883920 Fonograma #2457865