Shawlin
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Eu Mermo

Shawlin

ruas vazias


Essa é minha meta de ano novo
O plano é um outro mano o Eu Mermo
Espaço é pouco então todos ficam com pouco menos
Se um pouco eu tenho, um tanto venho conquistar
Vai tomar no cu pra lá pra destilar seu veneno
Eu falo com a minha própria boca e eu nem tenho convênio
Falo as coisas certas se não espero na fila um milênio

Isso demonstra empenho
Minha mãe é Penha e o pai é Ênio
Na inteligência eu sou normal, na arte da vida eu sou
Um gênio
E a beira do precipício
Isso aqui é só o início
Vocês sabem meu ofício
Isso aqui é só um vício

Fazer rap a 10 anos, vagabundo é difícil
Num comprei nenhuma casa e já mereco um edifício
Sou teimoso não tenho uma personalidade fraca
Então sujeito eu bato e bato até que o burro quebra a pata
Pra tu ver que quando eu chuto eu tento logo um gol de placa
E eu tô pouco me fudendo se o meu sucesso num emplaca
Pra Nikity eu pego um barco e num é isso que vai mudar

Então se eu levo a paz comigo estou sempre num bom lugar
Num é bom julgar, então não me julgue em vão
Por que ninguém vem me ajudar mas pra alugar tem um montão
Querem ver meu barco afundar pra eu me juntar ao bondão
Tão bolado por que eu sou novo mas só largo sonzão
Pelo lado dos recalcados só acontece a função
Não faz tempo que eu num guardo ouro embaixo do colchão

[Refrão] 2x
Fazendo com as próprias mãos e vivendo das próprias mãos
E andando com os próprios pés
Minha mente já está pronta
Meus amigos são meus irmãos
Me mantém longe do chão
Por que dedos eu tenho dez
Mas nenhum deles aponta

Eu faço com as minhas próprias mãos
Eu ando com as minhas próprias pernas
E colo com meus irmãos pra defender metas internas
Eu penso com a minha cabeça até ela ter enchaqueca
Pra encontrar uma saída antes que a minha chance se perca

Quero ver sonhos decolarem
Medos irem por terra
Já que ninguém me ajuda
Faço ao menos uma coisa certa
Por meus planos em prática ao contrário de quem só espera
Por que o futuro tá vindo e em um segundo já era
Cada um com a sua realidade e a minha realidade é outra
Essas verdades que eu falo, saem da minha própria boca
Tenho meu próprio nome mesmo que minha voz esteja louca
Os meus valores me circundam igualzinho as minhas roupas

E já que eu sou sujeito homem já errei e já aprendi
Já fiquei num perrengue só
Já apanhei e já bati, sem grana
Cheio de fome eu já ranguei e já parti tá maneiro
Quantos parceiro eu já banquei por aqui
Às vezes desistir de tudo, não me falta vontade
O que eu consegui com meus parceiro e não foi por bondade

Viver na vida é tenso
Quase sempre em alta voltagem eu penso
Em derrubar os problemas com a minha própria coragem
Mas calma invejoso, tem sorte pois somo humano
Eu não sou a prova de enganos mas não permaneço no erro
Bate palma invejoso, se fode pois tô voltando
Se sou eu que tô errando pelo menos eu reconheço

[Refrão] 2x
Fazendo com as próprias mãos e vivendo das próprias mãos
E andando com os próprios pés
Minha mente já está pronta
Meus amigos são meus irmãos
Me mantém longe do chão
Por que dedos eu tenho dez
Mas nenhum deles aponta

Muitas vezes perdi a conta do que eu já fiz sozinho
Pois quando se trata de união todos são estranhos no ninho
Me entranho na busca louca pra tentar seu mundo todo
Quem sabe forçando meus limites descubro um mundo novo
Tornando uma longa história em curta
É o resumo do meu jeito

Quanto a tudo pelo que eu luto eu uso meu próprio leito
Sou quebrado e honesto e ainda dizem que eu sou festeiro
De dias em dias eu sou arquiteto e assistente de pedreiro
Mas nego se eu pego a manha tu me chama de engenheiro
Não por que eu quero, por que eu sou esperto e não
Tenho dinheiro

O que é meu tô construindo
O final ainda tá longe e eu vou tijolo por tijolo com
A paciencia de um monje
Eu tô correndo contra o tempo pra chegar não sei aonde
Naquela terra longínqua onde o êxito se esconde

Por que mesmo que eu pergunte o grande Deus não me responde
Então só resta trabalhar pra ver se não perco meu bonde
Em cima disso tudo, faço de modo justo
Escrevo letra e produzo, melhor pra mim eu deduzo
Já que a rima flui mais mina e as bases que eu conduzo

Muita paz e humildade mas base eu num recuso
Chapado e recluso eu tenho tudo que a noite pede
Minhas base tão no acid e as letras no notepad
Sou mais eu sou 100% me entenda se é meio termo
Cansei de esperar ajuda
Deixa que eu faço eu mermo

[Refrão] 2x
Fazendo com as próprias mãos e vivendo das próprias mãos
E andando com os próprios pés
Minha mente já está pronta
Meus amigos são meus irmãos
Me mantém longe do chão
Por que dedos eu tenho dez
Mas nenhum deles aponta...

Compositor: Conrado Costa Silva Vieira (Cachorro Magro)
ECAD: Obra #18993529

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