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Hiroshima

Several


10 minutos em contagem gritam no despertador
Ata os nós em teus cadarços - tua gravata rápido!
Rarefeito / sem defeito – é o ar e o que não podes mais ser
Da primeira à quinta em dois segundos - Corta o trânsito

Perseguição voraz, não importa quão veloz o carro está.
Como espiral contínuo descendente faz o teu caminho estreito.
E se revela quando começa a te esmagar o peito
Revigora o seu momento mais crítico, elevando tudo ao ar.

Mais um andar que se desfez, destroça o seu pilar.
Pra não cair, às vezes tenho que amputar os dedos dos meus pés.
Se eu explodir junto à vc, recolha tudo o que sobrar
Não deixe à vista que sou parte de Hiroshima

Onde está o amanhecer? Dê a si outra chance de estar aqui e vislumbrar o tempo à solta
Volta e diz que isso não é parte do “imperfeito-tolerável”. Está bem claro aqui o que não pode mais voltar.

Bombas caem no escritório datando o final do mês
Acidez em suas entranhas – junto à falsa lucidez
Nunca deixe escancarados seus anseios mágicos.
Pelo cheiro proliferam problemas sarcásticos.

Sem estrutura que agüente o tranco o desgraçado surta, em meio aos dias longos dessa vida curta.

Onde está o amanhecer? Dê a si outra chance de estar aqui e vislumbrar o tempo à solta
Volta e diz que isso não é parte do “imperfeito-tolerável”. Está bem claro aqui o que não pode mais voltar.
E não há mais vestígios pelo chão mais uma vez

Composição: Bruno Prestes

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