Quando o roceiro Viu a terra esturricada Na sua roça já cansada Seu olhar umideceu
Com a falta d'água Da seca do mês de agosto Foi tamanho seu desgosto Que de tristeza morreu
E no momento Que a pobre criatura Baixava na sepultura Por debaixo de uma cruz
Aquela alma Nos murmúrios do cipreste Ia na mansão celeste Pra pedir chuva à Jesus
Depois de um pouco Que o pobre foi enterrado Todo o céu ficou nublado E de prece se enlutou
E veio a chuva Pingos d'água cristalina Como lágrimas divina De Jesus, Nosso Senhor
Depois das chuvas Quando é noite de luar Vem o vento a ciciar O milho que floresceu
Até parece Que a alma do roceiro Rondando pelo carreiro Da roça que reviveu
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Ado Benatti (UBC), Antenor Serra (Serrinha) (UBC), Campos NegreirosEditor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)ECAD verificado obra #3612820 em 31/Mar/2024 com dados da UBEM