Serrinha e Caboclinho

A Seca

Serrinha e Caboclinho


Quando o roceiro
Viu a terra esturricada
Na sua roça já cansada
Seu olhar umideceu

Com a falta d'água
Da seca do mĂŞs de agosto
Foi tamanho seu desgosto
Que de tristeza morreu

E no momento
Que a pobre criatura
Baixava na sepultura
Por debaixo de uma cruz

Aquela alma
Nos murmĂşrios do cipreste
Ia na mansĂŁo celeste
Pra pedir chuva Ă  Jesus

Depois de um pouco
Que o pobre foi enterrado
Todo o céu ficou nublado
E de prece se enlutou

E veio a chuva
Pingos d'água cristalina
Como lágrimas divina
De Jesus, Nosso Senhor

Depois das chuvas
Quando Ă© noite de luar
Vem o vento a ciciar
O milho que floresceu

Até parece
Que a alma do roceiro
Rondando pelo carreiro
Da roça que reviveu

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Serrinha, Campos Negreiros e Ado Benatti

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