No terreiro o samba é embalado pelo cheiro Do tempero da dona Mazé na batida do pandeiro Na palma da mão e dizendo no pé Um partido alto altaneiro, oi Solta o corpo e se embalança E mostra qual é a sua herança Quem não dança segura a criança Do partido ao samba enredo batuqueiro não enrola O batuque tem segredo quem tem medo vai embora Nunca é tarde, nunca é cedo pro cavaco ou pra viola, oi Bom sambista não se cansa faz da maré brava maré mansa Quem não dança segura a criança Quem não dança segura a criança
Quem não dança segura a criança Quem não dança segura a criança
Madrugada
Êh madrugada êh madrugada Êh madrugada êh madrugada No meio da noite tu chegas Regando o sereno nas pretas Veneno pra quem quer amar E quando começa o balé das canetas É outra cabeça de samba Que a gente precisa acabar na madrugada Êh madrugada êh madrugada Êh madrugada êh madrugada Também traz o teu contratempo Fumaça no ar , vai com o vento No alto dá o gosto ao sabor ôh ôh ôh ôh Um copo de gin ou licor Na cabeça de um compositor Que mais uma vez madrugou Se abre e se fecha pro amor,madrugada
Compositor: Carlos Cesar Matheus (Carica) ECAD: Obra #61679 Fonograma #154002