Noite baguala de racha tampa da caixa Este taura de bombacha Sai no rastro do floreio Entusiasmado pra baila de pé trocado
Num xote véio largado No compasso do gaiteiro A nega véia desconfiou desta saida Me bombeando com as querida
Neste valseado campeiro Menti pra ela que eu ia largar pra doma Mas a marvada gaviona Me seguiu pro sarandeio
Lá no fandango me cuidando de soslaio Vendo este índio lacaio Cheio de china num canto Levei um gorpe que até hoje me arrependo E a onça braba dizendo "eu sou besta, mas nem tanto"
Um outro dia eu voltei de madrugada De bombacha remangada e as botas firme na mão Entrei no rancho bem quietinho sem barulho A doida tava no escuro Me esperando com um facão
Sem argumento gaguejei naquela hora Foi no rastro das esporas Que ela me achou no bolicho Falei pra ela que fui atrás de um palheiro Mas outro batom vermelho Fez apanhar tipo bicho
Lá no fandango me cuidando de soslaio Vendo este indio lacaio Cheio de china num canto Levei um gorpe que até hoje me arrependo E a onça braba dizendo "eu sou besta, mas nem tanto"