Santão e Marcondinho
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As Aparências Se Enganam

Santão e Marcondinho


No rico estadão de Minas
Um peão levava boiada
Mais ou menos umas mil cabeça
Holandesa de raça apurada
Encontrou com um cavaleiro
Que vinha na mesma estrada
Na garupa uma mala velha
E a roupa já amarrotada
Com educação perguntou
Se era de venda a grande manada

Boiadeiro foi lhe respondendo
Com um gesto deselegante
O senhor com essa mala velha
Pelos trajes é um pobre andante
Este gado vale uma fortuna
É negócio pra gente importante
Mas vou lhe fazer uma proposta
Somente por ser tolerante
Se puder me comprar uma rês
De presente lhe dou o restante

Nesta hora foi grande a surpresa
Quando ouviu dizer o mineiro
Levo aqui nesta mala velha
Mais de cem milhões de cruzeiros
É depósito que faço mensal
Em um dos bancos brasileiro
Aparências às vezes se engana
Me desculpe meu bom companheiro
Pra comprar a sua boiadinha
Não preciso cheque, lhe pago em dinheiro

Boiadeiro foi-se desculpando
Enfrentando a realidade
E o mineiro foi lhe retrucando
Lhe dizendo umas boas verdades
Essas terras aqui onde pisa
Já pertencem a minha propriedade
Aqui tenho diversos retiros
Crio gado em grande quantidade
Produzindo a carne e o leite
Que abastece as grandes cidades

Se hoje sou um grande pecuarista
Porém fui um simples lavrador
Mas para ganhar isso tudo
Neste sangue derramei meu suor
Por isso sou um caboclo humilde
E não sei me bancar superior
Me exaltei porque fui provocado
Mas eu quero alertar o senhor
Que às vezes os trajes de um homem
Não demonstra seu grande valor

Composição: Roberto Motta Pessoa, Marcondinho

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