Samuel Porfirio

O Violeiro

Samuel Porfirio


Eu despetalei palavras tuas
Nuas cruas como muitas vezes
Eu aqui fiquei
Tão só
Eu desfiz o nó

Usei o tato
Meu licor de jenipapo
Fez desafinar o meu gogó
Si de mim quer dó
Que seja usado
Dó maior menor cantado

No beiral da cama nós a sós
Hoje tua voz é o que rege
Quero nos só pele a pele
Para juntos
Encharcar lençol

Quero destrançar os teus cabelos
Carregar feito guerreiro
Regressar antes
Do pôr do sol
Quero que me venha melodia
Para essa poesia
Coletar estrelas
No farol
Pelas ruas ando

Vejo tempo
A findar este novembro
No centro de sampa tão maior
Automóveis bares avenidas
Poetas e poetizas
Escrevem sobre o amor de nós

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