Noite sinistra Madruga adentro Nas ruas do centro Se via Infùncia se mandou sem deixar pista Não brinca Espaço agora de outra onquilina malicia Sem opção de vida Da um trampo na esquina
Holerite são as marcas Da noite mal dormida Um cigarro atrås do outro O batom te alucina Remotas esperanças De mudanças nessa vida Quem sabe o barco vira E assim não contamina
Foto, cobertor, berço, Blusa, travesseiro; Da amada filha Só lembrança e o seu cheiro O canto vazio Se apega ao desespero
Obrigada a se deitar com qualquer Um que paga o preço Variando adolescentes, velhos, LĂșcidos, bĂȘbados Meia hora fecha o olho InsuportĂĄvel sentimento Vestiu as suas roupas Garantindo seu sustento Saiu daquele drive-in Encontrou outro sujeito Entrou naquele tĂĄxi suando frio de medo Conhece o cliente antigo EntĂŁo vai vendo! Confia num cara que nada Sabe ao seu respeito
Sem ter direito De emitir uma fala Agradar a quem paga AgĂŒentando calada Boca fechada, tapa na cara Satisfazem a carne! Mundo real, coisa banal? Talento sexual! Dama da noite prisioneira Da cadeia mental
refrĂŁo
Lembra-se com ódio Do primeiro namorado Que jurou te dar amor E assim tratava como fada Mais sua gravidez Não estava em seus planos Fugiu pro nordeste com outra Te deixou falando Em casa nem o que comer Sem saber o que fazer O aborto era opção
A consciĂȘncia nĂŁo deixava Nova mulher da vida Nicotina, cachaça, Meretriz, musa do forro Da quebrada Igreja entrada barrada VocĂȘ! Pare! Proibida de se confessar Perante ao padre Olha que pecado Aparecer para a imagem
Muito depravada, Piercing, tatuagem; Cor vermelho coração, batom, LĂĄpis, esmalte Decote em vĂȘ Que vĂȘ sua maldade Aquele que acusa NĂŁo enxerga sua verdade Vaidade luxuria, Em troca de alguns quilates