Samuel Porfirio
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Dama da Noite

Samuel Porfirio


Noite sinistra
Madruga adentro
Nas ruas do centro
Se via
InfĂąncia se mandou sem deixar pista
NĂŁo brinca
Espaço agora de outra onquilina malicia
Sem opção de vida
Da um trampo na esquina

Holerite sĂŁo as marcas
Da noite mal dormida
Um cigarro atrĂĄs do outro
O batom te alucina
Remotas esperanças
De mudanças nessa vida
Quem sabe o barco vira
E assim nĂŁo contamina

Voltar ser a caçula
O orgulho da famĂ­lia
Trabalho registrado
SalĂĄrio de uma firma
Perante o seu juiz
Ganhar a guarda da sua filha
A mĂŁe mais dedicada,
Carinhosa ela seria
Em dia com as vacinas
RevisĂŁo com o dentista
Valor maior que o preço
Que Ă© pago nas esquinas
Faz muita falta a ela
As coisas simples dessa vida
(Mal entendida, ingrata)

refrĂŁo:

Foto, cobertor, berço,
Blusa, travesseiro;
Da amada filha
Só lembrança e o seu cheiro
O canto vazio
Se apega ao desespero

Obrigada a se deitar com qualquer Um que paga o preço
Variando adolescentes, velhos,
LĂșcidos, bĂȘbados
Meia hora fecha o olho
InsuportĂĄvel sentimento
Vestiu as suas roupas
Garantindo seu sustento
Saiu daquele drive-in
Encontrou outro sujeito
Entrou naquele tĂĄxi suando frio de medo
Conhece o cliente antigo
EntĂŁo vai vendo!
Confia num cara que nada
Sabe ao seu respeito

Sem ter direito
De emitir uma fala
Agradar a quem paga
AgĂŒentando calada
Boca fechada, tapa na cara
Satisfazem a carne!
Mundo real, coisa banal?
Talento sexual!
Dama da noite prisioneira
Da cadeia mental

refrĂŁo

Lembra-se com Ăłdio
Do primeiro namorado
Que jurou te dar amor
E assim tratava como fada
Mais sua gravidez
NĂŁo estava em seus planos
Fugiu pro nordeste com outra
Te deixou falando
Em casa nem o que comer
Sem saber o que fazer
O aborto era opção

A consciĂȘncia nĂŁo deixava
Nova mulher da vida
Nicotina, cachaça,
Meretriz, musa do forro
Da quebrada
Igreja entrada barrada
VocĂȘ! Pare!
Proibida de se confessar
Perante ao padre
Olha que pecado
Aparecer para a imagem

Muito depravada,
Piercing, tatuagem;
Cor vermelho coração, batom,
LĂĄpis, esmalte
Decote em vĂȘ
Que vĂȘ sua maldade
Aquele que acusa
NĂŁo enxerga sua verdade
Vaidade luxuria,
Em troca de alguns quilates

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