Samuel Porfirio
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A Fonte da Juventude

Samuel Porfirio


Ele é o protagonista
De uma triste história
Na diária lembrança
Que ao voltar o devora

Assola em cada data
Que passa regendo magoas
A solidão ecoa
Aproxima-se a páscoa

Sem da importância
Ele varre a calçada
No coração guarda um segredo
Afiado igual navalha

Há mais de 30 anos
Não recebe cartas
No pé a sandália de couro
Agora gasta

Pede por chuva
Para que molhe as flores que cuida
Carinhosamente trata elas
Com muita astúcia

Nomeia plantas
Ana Eva Vera Lucia
Pegue as dúzias
E use-as com teu amor

No último verão
Ainda tão perto da dor
Cadeira de balanço
Acomoda a dor

Guarda com carinho
O desenho que as crianças fizeram
E deram quando adotaram
Como avô !!!

Refrão :
Quantas coisas mais?
Vai valer as quais?
Que valor se tem?
Quando não tem mais ...
Quantas coisas mais?
Vai valer as quais?
Que valor se tem?
Quando não tem mais ...

Um tímido sorriso
Ganha espaço no rosto
Ao ver que a sede da vida
Invadi todo seu corpo
As mãos enrugadas
Que teve horas no bolso
É a mesma que abre o poço
Retirando o lodo
Felicidade trancada
A tempos no calabouço
No guarda roupa o passado
É roupa que já não serve
Por mais que converse
Se sente sozinho
Vive um eterno sonho
Em um breve cochilo
No pote de margarina
Ricas margaridas crescem
Servem como amigas
Fiel ouvinte sobre filosofia
Na sujeira do azulejo
A frase dizia...
?Que nessa vida
A certeza é a morte
E que a noite se aconchega
Esconde as cores das flores
O hoje some
Quando chega o frio
Do amanhã sem sol
Xícara de avelã
Blusa de frio e cachecol
Em prol do bem
Fazer o bem sem olhar a quem

Refrão :
Quantas coisas mais?
Vai valer as quais?
Que valor se tem?
Quando não tem mais ...
Quantas coisas mais?
Vai valer as quais?
Que valor se tem?
Quando não tem mais ...

Já separei pra mim...
Roupas de cetim
No meu funeral
Invés de choro alegria

Se minhas plantinhas
Ficarem perto de mim
Diga as crianças
Que mudei pra longe

Aonde não mais
Cometerei enganos
Eu acordo clamando
O bastardo filho meu

Abajur ascende
Acabando com breu
O incomodo e o pranto
São 2 cômodos branco

Me encurralando no canto
O velho homem desaba
lágrima me cala abala
Pratos copos quebrados

Eu fui responsável
Consumado pequei sei
Eu vou viver
A cada angustia eu sei

Não é pariu
Faz do ferro prego enferrujado
Ato falho
Expresso no peito ferido

Do homem velho
Que errou abandonando o filho
E não pode viver
Últimos dias com Laura

Refrão :
Quantas coisas mais?
Vai valer as quais?
Que valor se tem?
Quando não tem mais ...
Quantas coisas mais?
Vai valer as quais?
Que valor se tem?
Quando não tem mais ...

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