O som é de quebrada, eu vou falar daqui Adeptos periféricos sem motivos pra rir
O som aqui é de quebrada, perifa alvorada O velho quarta feira é um bairro da pesada 100 periférico, P-Brother na ativa Salomanos está formada a quadrilha Vamos passar uma mensagem pros manos e pras minas Pros manos que tão ligado e pras minas Que seguem a rima Saca só esse recado que eu estou querendo te dar Não sou nenhum professor Não tô querendo te ensinar Apenas não aguento mais ver famílias em luto Famílias que estão na miséria Perdendo parente e é por isso que eu luto Eu vou lutar pela paz que reina em toda quebrada Que isso esta muito difícil de acontecer no Alvorada Já inventaram uma tal de policia comunitária Na minha quebrada isso não serve pra nada Moro na rua Bela vista, uma tremenda baixada E quando chove sofremos com a enxurrada Até parece, meu irmão, que já viramos sapo Forçados a dormir em um cantinho molhado Desse buraco um dia vou sair E por enquanto continuo sem motivos pra rir
O som é de quebrada, eu vou falar daqui Adeptos periféricos sem motivos pra rir
Então vou chegando vou começar a rimar Vou falar da minha quebrada e o que acontece por lá Eu vejo gente morrendo, eu vejo um monte matando Eu vejo os manos na quebrada nas esquina noiando Direto eu vejo um levando capote dos homem Também vejo a molecada brincando de esconde-esconde Minha quebrada é assim, minha rua é Piratininga Cheio de buraco no asfalto, esgoto na maior catinga Alvorada também teu seu lado bom Gosto de dar um role cumprimentar, meus irmãos Escureceu, eu vou subir pra pracinha Quem sabe até ver um esquema com as minas Mas amanheceu o dia, tenho que levantar cedo Não vou vacilar, não vou perder meu emprego Que tá difícil, difícil de achar Quem tem o seu que segura, senão vai ter que procurar Se liga aí então maluco eu tô saindo fora O que eu tinha pra falar eu já falei agora Aí cumpade aqui é a zona norte Porque o rap é o som que bate forte
O som é de quebrada, eu vou falar daqui Adeptos periféricos sem motivos pra rir
E quando a gente era pivete era tudo diferente Tinha umas tretas, mas morria ali com a gente As treta era na mão, brincadeira era pião Pega-pega, esconde-esconde, polícia e ladrão A banca foi aumentando e a rapaziada foi crescendo Esqueceram a adolescência e acabaram se envolvendo E as brincadeiras que eram de antigamente Voltaram, só que hoje é bem diferente É pega-pega no beck, esconde-esconde da polícia Eu penso um pouco e sempre volto no passado O tempo em que a gente ainda era sossegado Diversão no salão, era só felicidade Eu não queria crescer, e enxergar a realidade Fugir de tudo e nem fazer parte do mundo Só que não teve jeito, agora eu me seguro Meu cumpade na ponta dos dedos E só agora dou valor no que a coroa me dizia "Meu filho toma cuidado com as companhias" Bem que a minha coroa me dizia "Toma cuidado com as companhias"
O som é de quebrada, eu vou falar daqui Adeptos periféricos sem motivos pra rir