Míssel
Tempestade de pó, corre-corre, só tumulto
Pulam o muro do vizinho, telefonam com barulho
No tempo inseguro, a polícia na esquina
É cocaína, se encontra na vila
No gueto é poucas ideias, o plano é desenvolver
Não ostente o abismo 'ficar rico ou morrer'
Caldeirão borbulha
Hoje a festa é na rua do morro
Do 25 vejo várias viaturas, os moleque empina
É aquele vai e vem de moto
Não não, não dão pala, não tiram foto
Tão bem longe das chacinas
Todos os amigos nossos
Não vem que não tem
Respeitei, tá liso, certo, de lei
Pra por o terror eu também sou igual a vocês
Só falo o que sei
Aprendem, sou lá do brooklin
Favela, morra, oh please
Campinho, canão, brooklin
Pai rapin' hood chega, quem é não ilude
Amigos também festejam outro que é também
O perdão que falta hoje é aquilo, quem é sabe
Jesus nos trouxe poder saber que a paz é mundi
Precária favela, sambão toda sexta
Lembrou? sou problema, terrível na queda
Tampouco ser o he-man, tampouco ser spectreman
Esqueça-me, sou filho do pai
Bom, lembre-se, é mundinho ruim
Tolice, espraiada à conde
Se não sabe expedir
Faça trabalho e seja um homem
Não existe marvel, não quero ser réu
A bala dor fel, ter medo é cruel
Na prática é click-cléu
Foi como um míssel, pode crer, cruel
Meu chapa, mas o que mais me dói
É ver o crack na mão de moleque
Meu chapa, meu chapa, meu chapa
Viciado é o que não falta por aqui
Meu chapa, mas o que mais me dói
É ver o crack na mão de moleque
Meu chapa, mas o que mais me dói
É ver o crack na mão de moleque
Não faça isso, ok, feio? coca não é rapé
Depois, colé que é?
O crime tem suas regras, quem é
Guerreiro, rap [?] , passa fácil quem sabe
Mas pode crer, na cdd não nasce covarde
Sou sabotage, ou bem ou mal, meu rap age
Assim me vi cantar
Representar, falando um monte
Brigar pra quê, se agora é minha vez? é, ouça-me
O rap é como um filho, então louvemos ao mestre
Ouviu meu som no baile, bate cabeça, invade
Lazer de homem selvagem
O espaço de um kamikaze
Rap novo, chapa o globo, é, eu uso a mente
Os homi já sabe que eu sou rapper
Enquadra sempre
Um simples matim gera tal problema, tiozin
Quer um conselho, joe?
Coca mais não, só do verdin
A rua endoidou, quem tem mais quer, tá assim
Na selva, joe, a caça tá aberta é o estopim
Foi como um míssel
(que você me disse
Rapaz
Som da voz
Quem te ouve, sabe
Até hoje)
Mano, veja bem
Viciado é o que não falta por aqui
Mano, veja bem
Meu chapa, mas o que mais me dói
Viciado é o que não falta por aqui
Meu chapa, mas o que mais me dói
É ver o crack na mão de moleque
Compositor: Mauro Mateus dos Santos (Sabotagee)
ECAD: Obra #16242768 Fonograma #12250872