toda vez que eu viajava pela estrada de ouro fino de longe eu avistava a figura de um menino que corria abria a porteira depois ia me pedindo toque o berrante seu moço que e pra eu ficar ouvindo quando a boiada passava que a poeira ia baixando eu jogava uma moeda ele saia pulando obrigado boiadeiro que deus vai te acompnhando praquele sertão afora meu berrante ia tocando
la pras bandas de ouro fino lenvando o gado selvagem quando eu passo na poreira até vejo a sua imagem o seu rangido tão triste mas parece uma mensagen daquele rosto trigueiro desejando me boa viagem
a cruizinha do estradão do pensamento naõ sai eu ja fiz um juramento que não esqueço jamais nem que o meu gado estoure que eu precise ir atraz nesse pedaço de châo berrante eu não toco mais
soca pilão num ranchinho ao pé da serra numa tarde de verão eu vi uma camponesa socando arroz no pilão seu corpinho de boneca e seu rostinho perfeito despertou mil sentimentos que morto estava em meu peito
soca pilão soca pilão acompanhe as batidas do meu pobre coração