Rodrigo Zin
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Lydia (Conversa com os Espelhos Surrados)

Rodrigo Zin


[Pré-refrão]
Eu só não queria lhe dizer
Que aos poucos eu desanimei
Olhos são portais, e os fechei
E Nada vai desarrumar meu ser

[Refrão]
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano

[Verso]
Essa é pro meu espelho
Convexo comigo já faz um tempo
Mas juro que ainda tento
Entender? Claro, ainda tento
Mas nunca me responderam
Cada pedaço dele
Murros só pioraram - ferimentos
Quanto sangue perdemos?
A fúria não resolveu, o que o amor me conseguiu
Volume máximo, trancado no quarto
Fodendo ou soando frio?
Vidas passando
Coração espiado jogado num canto
Pra tu não tocar
Num canto da sala, pra tu não tocar
Nem que só por engano
Nem que seja sozinho
Só quero manter o que tenho
Manter o que cremos
E não o que cremamos!
O que tem no meu espelho já não sabia amar
Já tentei me lançar contra o espelho
Eu só queria me completar
E os pedaços me olhavam, ajoelhei nesse chão
Eu também me vi - pedaços
Cada um deles, era uma canção
Então me entrego, sou tripas e poesias
E sim
Se eu falei de amor no começo
Não fique surpreso se eu falar de amor nesse fim

[Refrão]
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano
Fala comigo que tudo não passa de engano

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