O coitado do moço passou todo o tempo bebendo, e ninguém lamentou no dia em que ele embarcou vestido de pinho, coberto de flor... O boteco onde era o seu ponto em maior desaponto uma porta baixou e o dono do bar, de remorso, ninguém viu se chorou...
Sua pele depois de algum tempo tornou-se embaçada, manchada e sem cor Suas mãos procurando algum copo tremiam de anseio, receio ou pavor... Sua boca juntando saliva, vontade cativa de algum dissabor. Ninguém sabe porque ele bebia, e sorria do amor !
A passagem com que ele pagou a viagem da qual não voltou, prestações, foram, dose por dose, tornou-se em cirrose o antigo sabor. Foi, aos poucos, perdendo o apetite, virou hepatite o veneno licor... E morreu sem amor nem amigo, e ninguém lamentou !
As crianças saindo da escola, no mesmo colégio onde ele estudou, num gesto, talvez por esmola, fizeram silêncio quando ele passou... E o padre benzendo o seu corpo ainda uma prece por ele rezou: - A família ficou na miséria, mas, ninguém lamentou !
O coitado do moço passou todo o tempo bebendo, e ninguém lamentou no dia em que ele embarcou vestido de pinho, coberto de flor... O boteco onde era o seu ponto em maior desaponto sua porta baixou e o dono do bar, de remorso, ninguém viu se chorou e o dono do bar de remorso, n i n g u é m v i u !