Não sei Não sabe ninguém Porque canto o fado Neste tom magoado De dor e de pranto E neste tormento Todo o sofrimento Eu sinto que a alma Cá dentro se acalma Nos versos que canto
Foi Deus Que deu luz aos olhos Perfumou as rosas Deu o oiro ao Sol E prata ao luar Foi Deus Que me pôs no peito Um rosário de penas Que vou desfiando E choro a cantar
E pôs as estrelas no céu E fez o espaço sem fim Deu luto as andorinhas Ai, deu-me esta voz a mim
Se canto Não sei o que canto Misto de ventura Saudade, ternura e talvez amor Mas sei que cantando Sinto o mesmo quando Se tem um desgosto E o pranto no rosto Nos deixa melhor
Foi Deus Que deu voz ao vento Luz ao firmamento E deu o azul às ondas do mar Foi Deus Que me pôs no peito Um rosário de penas Que vou desfiando E choro a cantar
Fez poeta o rouxinol Pôs no campo o alecrim Deu as flores à Primavera Ai, deu-me esta voz a mim
Compositor: Alberto Fialho Janes (SPA)Publicado em 2011 (10/Fev) e lançado em 2010 (30/Out)ECAD verificado obra #1062267 e fonograma #2097274 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM