Eis que a lua devagar te vai despindo Atrevendo uma carícia em cada gesto, De igual modo é que a nudez te vai vestindo E o teu corpo condescende sem protesto. De igual modo é que a nudez te vai vestindo E o teu corpo condescende sem protesto.
Mal os ombros se desnudam, surge o peito Logo o ventre no desenho da cintura Cada músculo detém o mais perfeito Movimento, em sincronia com a ternura Cada músculo detém o mais perfeito Movimento, em sincronia com a ternura
Já as ancas se arredondam e projectam Sobre as coxas, sobre os vales, sobre os montes Onde as vidas, noutras vidas se completam Quando o tempo é um sorriso, ou uma fonte Onde as vidas, noutras vidas se completam Quando o tempo é um sorriso, ou uma fonte
Fica a roupa amontoada junto aos pés Quer dos teus, quer dos da cama que sou eu Estendo a mão, apago a lua, que a nudez Do teu corpo, fica acesa, sobre o meu Estendo a mão, apago a lua, que a nudez Do teu corpo, fica acesa, sobre o meu
Composição: Rui Manuel e Alfredo Marceneiro (Fado Versículo)