Renato Fechine

Aparecida

Renato Fechine


Aparecida
Tu soi mió de que Neide,
Edileuza e Corrinha
Tu soi mió de que Creide

Neide é menor de idade
E ainda depende dos pai (chave de cadeia)
Sou doido pra azarar ela
Mai vai me criar problema demai

Seu sonho é ser aereomoça
Ou trabalhar em ni televisáo
Ela quer ser atriz de novela
E além de amarela
Ela num curte negão

Aparecida
Tu soi mió de que Neide,
Edileuza e Corrinha
Tu soi mió de que Creide

Edileuza engrampou-se com um gringo
Que conhecera lá no Candeal
Em dezembro ela vai pras Zoropa
Mas volta perto do carnaval

Sonhava ni ser maniquinha
Nim ser mudela profissional
E hoje é triste a sua labuta
Virou prostituta externacional

Aparecida
Tu soi mió de que Neide,
Edileuza e Corrinha
Tu soi mió de que Creide

Corrinha só fede a cigarro
E é alviciada em malconha
Num pode ser um macho num carro
Eita mulher sem velgonha

So veve embrenhada nos morro
Eu acho até que é traficante
Já foi uma gata arretada
Hoje tá derrubada
E num tem quem levante

Aparecida
Tu soi mió de que Neide,
Edileuza e Corrinha
Tu soi mió de que Creide

Credide dançava pagode
A vida dela era quebrar
Depois que estouro as varize
Ela teve que se aposentar

Deixou muito marmanjo barbado
Com aquele seus olhinho azui
Ela fazia a alegria da gente, mas hoje ela é crente
E só serve a Jesus!

Composição: Renato Fechine E Jorge Zarath

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