Dizem que tudo aqui sempre acaba em samba Mas tem muito samba difícil da gente escutar Por isso é que a rapaziada subiu no palanque E fez manifesto que o samba não pode parar Basta ver a velha guarda, cada um faz sua parte O samba do tempo de Donga chegou lá em Marte Quando o samba é eterno mostra a força de uma arte O samba do tempo de Donga chegou lá em Marte
Pra começar, ser sambista não era mole não Tinha noite de roda e pé no chão Que acabava lá dentro da DP Pra se explicar, o malandro ainda tinha que mostrar Que vivia só pra trabalhar Mas de noite sambava pra viver E foi catando cavaco e poeira Que o samba jurou bandeira E foi abrindo trincheira pra gente lutar Por isso a massa hoje anda cabreira Chega de ouvir brincadeira Bota mais samba no samba pro povo cantar
Pra quem sabe o que é partideiro Com o mestre fuleiro aprendi a versar Meu manifesto é que o samba não pode parar
O samba é mais que uma idéia É ter Manacéia no céu, no altar Bota mais samba no samba pro povo cantar
Sambar é uma arte divina Quem viu Jovelina, viu anjo cantar Meu manifesto é que o samba não pode parar
Pagode que tinha Candeia Corria na veia o dom de criar Bota mais samba no samba pro povo cantar
Zeca, Guineto e Martinho Traçaram o caminho pro samba embalar Meu manifesto é que o samba não pode parar
Bota mais samba no samba pro povo cantar Meu manifesto é que o samba não pode parar
Compositores: Arlindo Domingos da Cruz Filho (Arlindo Cruz) (ABRAMUS), Jose Franco Lattari (Franco) (SBACEM), Neobel Xavier de Moura Junior (Careca Jr) (ABRAMUS)Editores: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC), BMG (UBC)Publicado em 2002 (20/Mai)ECAD verificado obra #10514940 e fonograma #426717 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM