Vou com fé, vou na fé porque a fé não costuma falhar Eu aprendi que só deus pode julgar Meu lugar, minha hora, quem é quem, quem que sabe Porém veja bem, o rap faz milagre também
Vou mais além, a mente é maquiavélica De jerusalem, as vielas da favela Guerra com os moleque de fuzil na mão Soldado no tráfico, fiel na missão
Tensão, perdão, por aqui é raridade Judas é judas, traidor, falsidade Na verdade aí parceiro, o pulso ainda pulsa A justiça no meu sangue perpetua
Mas aí, olha pra mim, respira e me fala Se a palavra do senhor não é sagrada Aqui nessa terra com amor eu sei Louco, louco, louco, sobrevivente é rei
Faço o sinal da cruz e sigo em frente Com a fúria no olhar e o ódio na mente Sente, que tenho o dom pra compor no caminho Sabe que até mesmo a flor tem espinho
Oh senhor, não deixa a minha mãe chorar Não deixa a polícia me matar Protege os guerreiros do rap Afasta o crime, o craque dos moleque
Eu sou, tipo assim, um camicase sem medo e vou Como o pássaro que voa contra o vento Rixe, eu nunca achei que iria ser assim Mas se for, então eu vou até o fim
Pobre de mim, louco em ação Talvez o céu me dê alguma inspiração Pra minha palavra penetrar como um tiro Na mente dum ladrão sanguinário, do assassino
Na cela do presídio, no rancor, na maldade No amor, na paz, na justiça, liberdade Eu vou, pra você ver me sinto humilde
Às vezes nobre, forte, guerreiro, firme Porém eu já nem sei te dizer quem é quem, quem, quem Pra ser sincero eu não sei, sei Sobrevivente aqui é rei Nessa terra sem lei...
Hé, o mundão anda estranho Faço uma análise aqui no meu canto e canto Vejo e mudo meu semblante Por que a paz se encontra tão distante? Truta, se é loucura, sei lá, quero saber Ser humano programado pra morrer Pois é, então tá vendo como é complicado Vida eterna só na cruz do calvário
Por essa luz que me ilumina sigo firme É ilusão trutão, vida no crime É meu deus, recordar é embaçado É dia 2 de novembro, finados É, lembro do Marcelo, lembro do Zé preto Lembro do Beto guimarães, do Pacheco O crime é implacável, sem chance, sem trégua Vencedor é quem sobrevive a guerra...
Que arrepio, um gato preto passou por mim Misticismo é foda, eu tô aqui Mas firmão no coração, aí tom, alemão Masa, cidão na cadeia ou no mundão
É nóis, a caneta tá falhando, o que será? Será que é um aviso pra eu parar? Vejo a lua, as estrelas no céu e me lembro Que deus te abençoe, meu pai me dizendo
Eu já nem sei te dizer quem é quem, quem, quem Pra ser sincero eu não sei, sei Sobrevivente aqui é rei Nessa terra sem lei...
Se eu tô vivo, eu agradeço a deus Perdoai meus pecados e também os seus O inimigo tremeu quando viu a nossa imagem
Na televisão, realista de verdade Sem maquiagem, sem meias palavras O olho no olho entre o ódio e a mágoa Só ideia séria, pros mano da favela
Pra milhões de guerreiros que sobrevivem a guerra Cruel, interna, fria, desumana No olhar da criança, o medo, a esperança Ou a lágrima no rosto que me deixa confuso
Ponto de interrogação sobre o futuro Os maluco tão firmão, louco mundão Na febre do carro forte na missão De estourar uma casa de jóia ou bancária
Ou talvez a penintenciária Eu não, comigo é deus e mais 3 pelo certo Poque o rei caminhou no deserto 40 dias na fé atentado
Pela oferta de luxúria do diabo Mas aí, não é pra mim e nem pra você O sonho de consumo da tv Pode crê, ilusão, por aqui eu sou réu sem o crime
O veneno disfarçado de mel vou firme Eu já nem sei te dizer quem é quem, quem, quem Pra ser sincero eu não sei, sei Sobrevivente aqui é rei Nessa terra sem lei...
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Compositor: Douglas Aparecido de Oliveira (Douglas) (ABRAMUS)Publicado em 2021 (05/Nov) e lançado em 2018 (15/Jul)ECAD verificado obra #11034679 e fonograma #30219340 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM