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Por Leonardo Lichote
Sob pandeiros e beats, a voz eletronicamente distorcida, emborrachada, canta os versos "Ela não quer champanhe/ Ela quer tubaína", numa melodia que evoca "Água de beber", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. As primeiras notas de "Tubaína", que abre o quinto disco de Reah (que leva seu nome), sintetizam todo o espírito do álbum - e um tanto do caminho da artista até ali. "Reah", nas dez faixas de sabor latin-eletro-pop-brazuca - de romantismo e sensualidade em cores saturadas - não quer a pose do refinamento do champanhe. Quer o prazer rasgado e popular do açúcar da tubaína - deliciosamente vulgar na forma, vulgarmente delicioso na essência. O recém-lançado clipe de "Tubaína", com direção de Camila Cornelsen, é a materialização em imagem dessa estética sonora.
No clipe, Reah aparece como uma rainha em seu trono - algo como uma gueixa indiana, combinando luxo e kitsch, sob uma chuva de notas de dólar que saem de pistolas cravejadas de rubis. Puro champanhe. No segundo momento, o cenário é outro: azulejos, galinha de cerâmica com ovos, unhas com esmaltes diferentes, bijuterias baratas, coxinhas engordurando guardanapos, ventilador de plástico com fitinhas amarradas. Tubaína, enfim. Atravessando todo o vídeo, no champanhe e na tubaína, a exuberância de cores e de alegria.
"Reah", o disco, segue em sua vocação de verão tropical. "Ainda" é encontro quente de bocas e santos batendo, com um desencontro que soa como promessa caribenha de reencontro. A eletro-lambada "Me chama" segue na mesma latitude, papo reto: "Me chama/ Me chama/ Me chama/ Chama que eu vou". "Fico louca" vai do reggae ao reaggaton deixando tudo às claras: "Dentro de mim faz um verão/ Mesmo fora de estação".
"Momentos" deixa a praia de lado por um instante para um romantismo urbano que pede um "romance de Tv". O tamborim e o violão sustentam, em meio a sintetizadores e beats, a canção "Fotografia" - levada de samba, sotaque de pop Miami. "Já era" leva o disco para paisagens mais frenéticas - numa espécie de rumba flamenca que faz pensar em Gipsy Kings eletrônicos e eletrificados.
Desejo e desilusão temperam a densidade de "No mesmo lugar". Na sequência a leveza sintética, bossa nova soul, de "Não tenho dó". O disco se encerra com a sedução de "Sem pensar em nada" e seu sabor de hit - suave no violão dedilhado do início que se eleva num crescente que desemboca no "Sem pensar em nada/ Nada, nada, nada" do refrão.
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