Guerra de Poesia
O filho longe de casa
Não tem socorro do pai
É hoje que a terra treme
No balanço a gente vai
Quem ganha chora de alegre
Quem perde cantando sai
Nesta guerra de poesia
Quem perde cantando cai
Estando alegre eu choro
E triste vivo cantando
Quero que todos me ajude
E saio daqui chorando
Na tristeza é que eu canto
Alegre vivo chorando
Não quero que vocês deixe
Que eu saia daqui cantando
Quero ver a minha terra
Toda cheia de esperança
Homem cortando o cabelo
E mulher usando trança
Quero ver a liberdade
Onde a minha vista alcança
Escritor e jornalista
Escrever com segurança
Para vocês da cidade
Peço um voto de confiança
Meu sertão está pedindo
Carinho como criança
Soldado ganha medalha
Se for valente na guerra
Poeta é festejado
Exaltando sua terra
Numa guerra de poesia
Quem perde não vê tristeza
Esta luta de poeta
Enche o mundo de beleza
Por isso estou aqui
Pedindo de coração
Homens de boa vontade
Ajudem o meu sertão
Eu já vou me retirando
Desta guerra de poesia
O sertão está esperando
O meu choro de alegria
Quero ver a minha terra
Toda cheia de esperança
Homem cortando o cabelo
E mulher usando trança
Quero ver a liberdade
Onde a minha vista alcança
Escritor e jornalista
Escrever com segurança
Para vocês da cidade
Peço um voto de confiança
Meu sertão está pedindo
Carinho como criança
O coitado está sozinho
Lutando e quebrando lança
Composição: Lourival dos Santos, Raul TorresOuça estações relacionadas a Raul Torres e Florêncio no Vagalume.FM