No caminho da miséria sempre é o pobre que trotêia É como diz o caboclo em vez de piorá piorêia Os artigo aumenta o preço ordenado baratêia Cada dia que vai passando mais a vida fica feia O pobre é quem paga o pato do côro sai as correia
Tubarão faiz o que qué isso é o ponto de um passeio Açúcar tá racionado por pessoa um quilo e meio Farinha do caminhoneiro assim mesmo é no rateio Quem comprava cinco quilo tá comprando quilo e meio Não tem pão nem pás criança levá lanche no recreio
Já passô as eleição negócio ficô mais feio Eu não vô mais na conversa de promessa já tô cheio Que a mudança de governo dá mióra isso não creio Continua o mesmo trote de fazê ringi os arreio Só troca de surradô mas surra com o mesmo rêio
As criancinha da roça martratádo veste feio Anda tudo lumbriguento sem conforto e sem assêio Nasce vinte e morre vinte veja só que bombardeio Quando chega as eleição candidado fáiz rodêio Alembra que existe o pobre só na ocasião do sortêio
Quando sai de candidato que ganhá boa posição Ele faiz o seu comício e começa a rolação O povo tudo rudêia iscuitando com atenção Candidato pede o voto pro seu nome na eleição Dispôis que tá no pulêro esquece quem tá no chão
Compositor: Raul Montes Torres (Raul Torres) ECAD: Obra #884823