Eu quero caber no amor, sem perguntar
Pra sentir a luz do sol e despertar
Ver em cores outra vez, sentir a brisa
AAhh
Um velho nós acena longe pra esse novo nós
que vive onde todas estações parecem inverno
Programações que a antena sintoniza não trazem poesia
só notícias para figurões de terno
Quero a vida de volta no analógico
Já que essa liberdade é a de um bicho no zoo… lógico
… É que a coisa aqui na terra tá tão trágica
Que a gente inveja o passarinho no voo, mágico!
Que falta faz um toque, mas não de celular
Quando a humanidade anda em modo silencioso
E as vibrações que hoje se alastram no ar
Não são das que deixariam um rasta orgulhoso
A onda é tá em volta dos meus
Aumentando minha coleção de conversas com Deus
Com a beleza de a lua e eu, sai dessa fossa por nós
Pra fazer ser primavera toda vez que ouvir sua voz
Eu quero caber no amor, sem perguntar
Pra sentir a luz do sol e despertar
Ver em cores outra vez, sentir a brisa
AAhh
Como as folhas que o vento espalha
Quanto mais eu ando mais entendo a grandeza de pertencer
Não há sacrifício que não valha por aqueles que não falham
Em não estragar seu impulso de ser
A fumaça sufoca mas não toca meu instinto
De atravessar os vales mais sombrios com requinte
Te ver pra te levar na lembrança e não no print
Porque essa solidão é tão 2020
… Aos domingos quando acordo tarde
O sol que invade a cozinha lembra nosso brilho
E o alaranjado do azulejo remete a viagens e risadas
De verões passados, mó gatilho
Tô pelo novo dia, doutrina, com a mente de Dina
Pra achar a grandeza de Carolina
Só assim pra vencer a distância que te puxa pra baixo
Bem na era do “arrasta pra cima”!
Eu quero caber no amor, sem perguntar
Pra sentir a luz do sol e despertar
Ver em cores outra vez, sentir a brisa
AAhh
Eu quero caber no amor, sem perguntar
Pra sentir a luz do sol e despertar
Ver em cores outra vez, sentir a brisa
AAhh