As grades dos nossos portões, não são tão diferentes das prisões Apenas proporcionam diferentes sensações Entre a falsa liberdade e a falta de liberdade Falando nela, quem a conhece de verdade?
Diga, essa base aqui é lenta tipo o governo, opostos Porém pesada como os impostos Me posto, minha função é como dos apóstolos Me apego ao conteúdo enquanto se iludem com rótulos Pra ver a verdade nessa terra usei binóculos Nisso eu vi porcos, navios em nossos portos Com meus ancestrais expostos a castigo e humilhação Como se houvesse razão pro chicote na sua mão
Vitória, dos que nos consideram escória, Seus livros mentem, por isso façamos história Bora, nossa hora de ter um lugar melhor Não vão apagar com sangue o que escrevi com suor Do pior, desapego, minha raiz eu não nego Se preciso, entrego, minha força, meu ego Meu lado mais cego, minha Cruz eu carrego Pra ser luz e fazer jus a tudo que prego Suas mãos trouxeram pregos seus pés trouxeram pregos Hora, de que vale isso agora Porque Crucificaram um dos nossos, mas quem indaga Se incomodariam se o crucificado fosse a Lady gaga
Com espírito de mudança, é assim que eu acordo! (3x) Esse é o meu diário de bordo!
Sempre no mei' de cada som que escrevo eu percebo que não sei de nada E não há rei de nada Não aponte pra quem tá na sua frente, Se você, só você, é seu maior concorrente
Nesse mar de gente quantos truta já viraram isca A grande maldição de quem se arrisca às vezes se abre a porta pro futuro Mas cê tá tão acostumado com ela fechada que tá tentando pular o muro
Ponto, Parágrafo Pensando como seria louco um assalto lá no Carrefour Seus parça no carro em fuga Sua cara nos procurado Vai dar autografo nos papeis do advogado
O mundo gira e eu tenho a impressão Que quanto mais se estuda menos se usa a razão Os homens são de Marte, mas me sinto de Plutão Porque de onde eu venho os homens se consideram irmãos Iguais, eu tenho alguns erros nos meus ombros Os quais cometi na tentativa de acertar Mais não quero que ninguém pague por eles, entendeu? Pode ficar com o troco, eu mesmo vou pagar Eu mesmo vou me achar nesse caminho de pedras Pelos meus, por noiz, pela voz das quebras Que é pra manter a verdade de pé Porque você não tenta ser real, você simplesmente é... Ou não, né?!?
Compositores: Carlos Henrique Benigno (Caique), Michel Dias Costa (Rashid) ECAD: Obra #18600693 Fonograma #2600237