"Esse é o Bê a Bá que eu aprendi lá no sertão, enchendo a cara de cana e a barriga de pão Para um melhor resultado eu dei um trato no pulmão e se o cabra for safado a culpa é do Lampião"
Eu já conheço as pistoleira e cansei de mulher rampeira A única que não me cansa é a tal de Maria Tonteira Por ela eu como vidro, subo a nado cachoeira Se ela vier prensada apertada é mais maneira"
Cala boca abestado, deixa de falar besteira Solução de emaconhado é tapar o sol com a peneira E quando tu tiver crescido e teu pinto tiver comprido a vida lhe será cruel" Mostrando todas as faces e amargando como fel"
Obrigado, sim senhor, por se mostrar preocupado Só que essa conversa velha é coisa de bebum safado que num fez nada na vida e com essa língua comprida só quer atrasar o meu lado"
E pra completar a história eu vou chamar um cheira-fundo o nariz é de batata e a fama é de vagabundo Ele acredita em besta-fera e também no fim do mundo pra vocês eu apresento: Raimundo"
O meu nome é Raimundo e comigo não tem vêiz Se vocês arengarem comigo eu vou lá e mato vocês porque eu não penso duas vêiz só conto até três se tu quer saber o que eu faço fale tudo que tu fez falo da vida nordestina porque a Morte Severina é sempre o mesmo negócio se eu posso logo faço só não faço quando não posso menina se eu te pego eu não deixo nem os ossos e se perguntarem quem te viu..."
Compositores: Frederico Mello de Castro (Fred Raimundo) (ABRAMUS), Jose Henrique Campos Pereira (Canisso) (ABRAMUS), Rodolfo Leite Goncalves de Abrantes (Rodox) (ABRAMUS), Rodrigo Aguiar Madeira Campos (Digao) (ABRAMUS)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2017 (23/Jan)ECAD verificado obra #26307 e fonograma #13877367 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM