Vida Loka
Vagabunda, queria a taca do malucão, usou meu nome
O pipoca abraçou
Foi na porta da minha casa lá
botou pânico em todo mundo 3h da tarde
E eu nem tava lá... vai vendo!
É mas aí, Brown, tem uns tipo de mulher truta
Que não dá nem pra comentar
Eu nem sei quem é os maluco, isso que é foda
Aí vamo atrás desse pipoca aí e já era
Ir atrás de quem? Ir aonde? Sei nem quem é, mano
Mano, não devo, não temo e dá meu copo que já era
E aí, bandido mau, como que é, meu parceiro?
E aí, Abraão, firmão truta?
Firmeza total, Brown... e a quebrada aí, irmão?
Tá pampa, aí fiquei sabendo do seu pai
Aí, lamentável truta, meu sentimento mesmo, mano!
Vai vendo, Brown, meu pai morreu
E nem deixaram eu ir no enterro do meu coroa não, irmão
"Cê" é louco, você tava aonde na hora?
Tava batendo uma bola, meu, fiquei na mó neurose, irmão
Aí foram te avisar?
Aí vieram me avisar, mas tá firmão, brou
Eu tô firmão, logo mais tô aí na quebrada com vocês aí
É quente, na rua também num tá fácil não morô, truta?
Uns juntando inimigo, outros juntando dinheiro
Sempre tem um pra testar sua fé, mas tá ligado
Sempre tem um corre a mais pra fazer
Aí, mano, liga, liga nós aí qualquer coisa,
"cê" tá ligado, lado a lado
Nós até o fim morô, mano?
Tô ligado!
Fé em Deus que ele é justo
Ei irmão nunca se esqueça, na guarda, guerreiro
Levanta a cabeça truta, onde estiver seja lá como for
Tenha fé porque até no lixão nasce flor
Ore por nós pastor, lembra da gente
No culto dessa noite, firmão segue quente
Admiro os crente, da licença aqui
Mó função, mó tabela, pow, desculpa ai
Eu me, sinto às vezes meio pá, inseguro
Que nem um vira-lata sem fé no futuro
Vem alguém lá, quem é quem, quem será meu bom
Dá meu brinquedo de furar moletom
Porque os bico que me vê com os truta na balada
Tenta ver, quer saber de mim não vê nada
Porque a confiança é uma mulher ingrata
Que te beija, e te abraça, te rouba e te mata
Desacreditar, nem pensar, só naquela
Se uma mosca ameaçar me catar piso nela
O bico deu mó guela, ó
Pique bandidão, foi em casa na missão
Me tromba na Cohab
De camisa larga, vai saber Deus que sabe
Qual é a maldade comigo inimigo num migué
Tocou a campanhia plin, pá trama meu fim, dois maluco
Armado sim, um isqueiro e um estopim
Pronto pra chamar minha preta pra falar
Que eu comi a mina dele, ha, se ela tava lá
Vadia, mentirosa, nunca vi deu mó faia
Espírito do mal
Cão de buceta e saia
Talarico nunca fui, é o seguinte
Ando certo pelo certo, como 10, e 10 é 20
Já penso doido, e se eu tô com o meu filho no sofá
De vacilo desarmado era aquilo
Sem culpa e sem chance, nem pra abri a boca
Ia nessa sem saber
(pô cê vê) vida loka
Eae Brown, nóis tá aqui dentro mas demorou truta,
liga nóis, irmão
Não truta, aí, jamais vou levar problema pra você
Nóis resolve na rua, e rapidinho também
Mas aí, nem esquenta
Aí, e aquele jogo lá do final do ano que você falou?
Então truta, demorou ó, no final do ano nóis vai marcar
aquele jogo lá, vem você, o Blue,
os caras do Racionais tudo aí, moro meu?
Visita aqui é sagrado, safado não atravessa não, moro?
Mas na rua num é não, até jack
Tem quem passa um pano
Impostor pé de breque, passa pro malandro
A inveja existe, e a cada 10, 5 é na maldade
A mãe dos pecado capital é a vaidade
Mas se é para resolver, se envolver, vai meu nome
Eu vou fazer o que? Se cadeia é pra homem
Malandrão eu? Não, ninguém é bobo
Se quer guerra terá
Se quer paz, quero em dobro
Mas verme é verme, é o que é
Rastejando no chão, sempre embaixo do pé
E fala uma, duas vez, se marcar até três
Na quarta, xeque-mate, que nem no xadrez
Eu sou guerreiro do rap
E sempre em alta voltagem
Um por um, Deus por nós, tô aqui de passagem
Vida loka
Eu não tenho dom pra vítima
Justiça e liberdade, a causa é legitima
Meu rap faz o cântico do lokos e dos românticos
Vou por o sorriso de criança, onde for
Os parceiros tenho a oferecer minha presença
Talvez até confusa, mais real e intensa
Meu melhor Marvin Gaye, sabadão na marginal
O que será, será, é nós vamo até o final
Liga eu, liga nós, onde preciso for
No paraíso ou no dia do juízo pastor
E liga eu, e os irmão
É o ponto que eu peço, favela, Fundão
Imortal nos meus versos
Vida loka
Compositor: Pedro Paulo Soares Pereira (Brown) (UBC)Editor: Cosa Nostra (UBC)Administração: Altafonte Brasil (UBC)Publicado em 2002 (06/Mai) e lançado em 2002 (06/Jun)ECAD verificado obra #666609 e fonograma #549572 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM