Traz os sinais da manhĂŁ e uma nuvem de segredos No cabelo um mapa para eu me perder Falou-me do clarear, deixei o canto dos medos Ai de mim que me esqueci do amanhecer
Sabe os caminhos do fogo, sabe das falas da terra Sabe histórias que o mar sempre lhe contou Tem o calor de Novembro das fogueiras que há na serra Tem os Maios que Beltan já renovou
E o sol espreitou de mansinho, fez de conta que não viu Que na areia havia marcas de outro querer E muito devagarinho, muito a medo lá subiu Com o sorriso de quem vem para surpreender
E o tempo trouxe uma barca se calhar para nos levar A um porto onde o sol se vai esconder E a lua já deu a volta, muitas voltas há-de dar Dizem que ela volta sempre para nos ver