As correntes da minha mente Não vão me prender mais não E o vazio dessa gente Me mantém com os pés no chão Coragem pra enfrenta o medo Danço, pela escuridão Tire o racismo do caminho Que eu vou passar como um trovão
Ele nasceu, sem saber qual seria o destino No parto diziam: preto, mulato Mas era só um menino Brasil das frustrações, miscigenações Que prega em seus meninos peças e oscilações Na infância já vê, o racismo brotar Quando dizem que seu cabelo não dá pra molhar Que apontam e pegam e falam que é bombril Se reage é visto como um "preto fuzil"
Já cresce fadado a ser violento Ou se defender é crime quando vem dos preto? Mais um menino, que sonha também Em viver, ser feliz, poder se dar bem Autos de resistência - crimes legais? Mais um capitulo da farsa que fica pra trás Amparados pelas leis, fardados se sentem reis Mais um menino preto, chegou sua vez
As correntes da minha mente Não vão me prender mais não E o vazio dessa gente Me mantém com os pés no chão Coragem pra enfrenta o medo Danço, pela escuridão Tire o racismo do caminho Que eu vou passar como um trovão
Hoje eu vou ser a estrela Eles não vão me impedir Hoje eu vou voar mais alto Eu vou confiar em mim
Hoje eu quero que a chibata já́ não nos alcance mais Nem que seja preciso a guerra Pra trazer a nossa paz
Sem liberdade Tudo, tudo é muito pouco Ando pelas ruas e sinto o vento no rosto Mas, ainda sou a culpa de não ser A culpa de não ter oportunidade Tudo é pouco sem liberdade Tudo, tudo é muito pouco Sem liberdade Tudo, tudo é muito pouco Sem liberdade Sem liberdade, sem liberdade
Hoje eu vou me libertar, eu não vou ficar aqui De mãos atadas vendo um preto cair Eu venho da raça que lutou pra libertar E tenho a arma poderosa que é o pensar Me chamam de preto, não é humilhar Mais um menino que da história, vai se orgulhar Angola - nago - bahia - salvador Negro não quer sofrer, pelo seu feitor
você̂s com as chibatas, sem empatia Mais um menino preto, na palma da mão batia Lutando, militando por direitos, deflagra Mais um menino preto, rafael braga A chama se acende, a esperança se apaga Como não é branco, a sociedade se cala Silencia, mas a imagem não se apagou Parece que a escravidão, tio, não acabou
As correntes da minha mente Não vão me prender mais não e o vazio dessa gente Me mantém com os pés no chão Coragem pra enfrenta o medo Danço, pela escuridão Tire o racismo do caminho Que eu vou passar como um trovão
Tudo é pouco sem liberdade Tudo, tudo é muito pouco Sem liberdade Tudo, tudo é muito pouco Sem liberdade, sem liberdade, sem liberdade