Desacredita não, filho da culpa Mãe aqui tá na luta Eu não sou fruta E nem vim pra adoçar
Cair é pra levantar Não quero te agradar E pra ganhar respeito Tem que por sua cara a tapa
O roxo vem de berço De quem nasce pra porrada Só que pro seu desgosto Já tô bem acostumada
Ha, ha, ha Cê quer me ver chorar Né, desgraçado? Como naja eu rastejo Onde cê' já tá afogado
Cansei dos teus gracejo E teus mil papo furado Teu barco de arco-íris Tá furado
Igual à pele do negro desarmado Cês tão igual o estado, desalmado Quem abusa ganha voz Não o violado
Cês quer mudar o mundo Mas sem questionar família Cês reclama do cheiro Mas larga louça na pia
Cês acha que ser moça é fantasia Viciou no veneno da armadilha Minhas loba te rasgando É minha matilha
Teu vale tá queimando Né minha filha? Se esconde nessa terra Corrompida
Quanto do fim do mundo Cê destila? Cês querem ser feliz Ou só festiva?
Uma negra na tela Outra sem vida Mas gostam da despida É o que semeiam
Mãos que se masturbam São mesmas que chicoteiam, ai Não cola no meu meio Não vem calar meu útero Que o sangue tá sem freio
É a caça às bruxas Das filha que não calam Eles xingam de puta e de terf Mas no final manda bala É a morte que não cala, incendeia É o canto que te cata e não é sereia
Mulher é meus ovários Me respeita! Nunca foi privilégio Ter buceta Twitter não é colégio Te orienta! Nem vem neutralizar nossa sentença Pra Jack se é fêmea é preferência Enfia no teu cu tua aparência Cês quer prioridade, não ciência E a indústria adora essa carência Então vê se maquia e me responde
Mudou alguma coisa ou só seu nome? E quantas vidas salvam com pronome?