Uma fazenda povoada,a uma viúva pertencia Quadra de sesmarias,mas tudo meio atirado Alguns capão de mato serve de abrigo no invern Donde tiravam o cerno prá arrumar os alambrados
Um terreiro de galinha carijó,pena de seda Por baixo do arvoredo havia alguns cabritos Uma invernada grande,um lajeado cruzava ao meio E onde parava o rodeio era um chapadão bonito.
O sal botado no chão,pois nem cocho não havia Boi de três anos na cria ,ainda quase tudo touro Bagual velho criado,as crina arrastava no chão E uns quarenta redomão,numa tropilha de mouro
Um índio desses gaudérios,mandado nos quatro ventos Pra falar do casamento,na estância se chegou Ja de primeira vista deu de encontro com ela De a cavalo numa sela,num petiço marchador
Convidado pra sala,onde foi bem recebido Pôs o chapéu no cabide,num gesto muito bonito Logo foi pra cozinha e lhe ofereceram um pastel Também tinha pão com mel,café preto e bolo frito
Foi poucas palheteadas e logo entrou no assunto Casar e viver junto,estaria disposto Aflita ela disse haver duas precisão A fazendo do Patrão e eu preciso de encosto
Botou a fazenda em ordem,ja não tendo oque fazer Se associou no CTG e se entrozou com a gaucha Quando roncava a gaita,a viúva tava pronta E o índio puxava a ponta numa rancheira flauteada.