Poçam e Martis MC
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Vim pra Cobrar

Poçam e Martis MC

Raizes parte II


Vim pra cobrar o que vocês roubaram de Zumbi
O seu sorriso pode pá não vai mais me seduzir
A escola não contou agora eu vou narrar
Descobriram o Brasil, ah... não mais me enganar

O hino que vocês impõem não tem nada a ver com
o povo
A minoria vive bem e a maioria tipo rato no
esgoto
Nos aprisionaram nas favelas decretaram a
miséria
E jogam nas celas pode pá aqueles que se
rebelam

O mãe gentil cadê o carinho? Onde ta o amor?
Mais amor, menos bala, em nome do Senhor
O braço é forte, mas cadê o penhor da igualdade
Cadê a justiça? Onde tá a paz e a liberdade?

Bomba de gás lacrimogêneo, muita raiva bala de
borracha
O cão pastor alemão é a raça que ainda estraçalha
Eu sei conheço bem a sua bondade e gentileza
Com os brancos que a nossa custa construíram sua
riqueza

Terra gentil que se abriu e o sangue do preto e
do índio engoliu
O que o navio negreiro trouxe você consumiu
E os preto que reagiu foram jogado nos troncos
As águas que vocês se deleitam é o ajuntar do
nosso pranto

O sangue ecoa na terra o sangue clama no mar
Ta no céu ta no ar ouço o chicote estralar
Corta a pele, rasga a carne, faz a alma sangrar
Justiça! justiça!

Ó Pátria amada quem vai pagar pelos meus sonhos
que foram estuprados?
Pelos meus punhos acorrentados, pelos que foram
escravizados, injustiçados
Quem vai pagar a nossa indenização
Olho por olho, dente por dente, seria uma opção

Ó pátria idolatrada, salve, salve, Brasil
Por Deus olhe por nós o monstro que você já viu
A miséria é perpétua, a riqueza é perpétua
A elite não presta do nosso sangue fez festa

Pt, Psdb é a peste que se espalhou
A corrupção chegou pelo Brasil se alastrou
O que Portugal começou os políticos dão sequência
O cidadão comum é quem sofrem as conseqüências

Homens sem caráter que governam só pros seus
Se esqueceu que vai ter que prestar contas a Deus
O sangue do povo jorrar a sociedade sempre omissa
Só Jesus pra saciar a minha sede de justiça

O sangue ecoa na terra o sangue clama no mar
Ta no céu ta no ar ouço o chicote estralar
Corta a pele, rasga a carne, faz a alma sangrar
Justiça! justiça!

O navio negreiro é moderno agora é Duster e Hilux
Deus não aprova ta de fora, mas o demônio é o
cúmplice
O capitão do mato tá fardado anda bem armado
Fuzil, ponto quarenta é a clava forte usado

Morte no futuro muito choro no passado
Lançado no mar das profundezas foram enterrados
E os que sobraram prosseguem na extrema escravidão
Deitados eternamente nos becos e nos lixão

Ao som dos tiros e a luz da lanterna do Pm
Quem não deve não teme treme todos têm antecedentes
É descendentes de Dandara de Rosa Park e de King
E a cor que a alma imprime na pele esse é o crime

Amarildo representa a situação dos pretos do Brasil
Quantos tiros só os ratos sabem, mas sabemos
quem sumiu
Preto, pobre, nordestino, tratado que nem animal
no abate
Burguesia, devolvam o que roubaram seus covardes

O sangue ecoa na terra o sangue clama no mar
Ta no céu ta no ar ouço o chicote estralar
Corta a pele, rasga a carne, faz a alma sangrar
Justiça! justiça!

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