Em cada natureza de concreto de barulho alto Um pouco de mentira que me cerca em coisas mal contadas Não são contos de fadas que vão iludir qualquer criança Fale a verdade difícil é viver só de esperança Por isso a cada passo desconfio da minha própria sombra A guerra pode se declarar e desabar um circo sem lona Mas ninguém se importa a vida corre no centro da cidade O barulho é grande e já parece ser bem tarde Eu sei como é fácil não me tocar com coisas longe do meu coração Mas me diga toda a verdade Por favor Que horas são?
O tic-tac do relógio move meus medos e meus riscos De ganhar ou de perder num planeta de reis e submissos Ganhar comprar vender ser cada vez mais rico É a sua ambição pra depois morrer como seus inimigos Por isso a cada passo desconfio da minha própria sombra Mas nada me acompanha até ela me abandona Será que erro buscando certezas quando todo dia é uma nova moda Só estou certo é que tanta poeira entope minhas narinas Eu sei como é fácil não me tocar com coisas longe do meu coração Mas me diga toda a verdade Por favor Que horas são?
Compositor: Humberto Francisco Leite Martins (Humberto Effe) ECAD: Obra #3524300