Pena Branca e Xavantinho
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Oração de Camponês

Pena Branca e Xavantinho


Meu lugar é um recanto de beleza
a Natureza que medeu como presente.
Finquei meu rancho lá na beira do caminho
junto a um corguinho de água limpinha
e corrente.
Tirei o mato e acariciei a terra,
boa semente eu plantei naquele chão,
e fiz pedido a minha Santa Padroeira,
prá não deixar faltar a chuva no Sertão.
O tempo passa e a luta não termina,
a chuva fina continua com seu véu.
Igual a eu, outro roceiro agradece
Deus nas alturas, e os milagres do céu
Um manto verde tomou conta do roçado
formou-se um quadro, no azul da imensidão.
E na certeza de uma colheita farta,
de tudo aquilo que plantei com minhas mãos,
e para o ano a labuta continua,
lavrando a terra com carinho e devoção.
Eu agradeço a minha Santa Padroeira,
que não deixou faltar a chuva no Sertão.

O tempo passa e a luta não termina,
a chuva fina continua com seu véu.
Igual a eu, outro roceiro agradece
Deus nas alturas, e os milagres do céu

Compositor: Ranulfo Ramiro da Silva (Xavantinho)
ECAD: Obra #59862 Fonograma #17252

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