Hoje eu recolhi a flor Que morreu na minha máquina de escrever Tentei fazer passar a dor E pousei as mãos nas teclas sem saber Aonde eu vou parar Quem eu quero ser
Hoje a janela se abriu E a luz entrou tão jovem quanto um bebê Trouxe paz e levou o vazio Que tomava conta de mim sem ceder Espaço pra sonhar Momentos pra viver
Porque quando eu cheguei aqui Na minha nave espacial Achei que o amor fosse ser incondicional Que só houvesse paz E que ninguém seria Obrigado a fazer o que não satisfaz Ah
Hoje o mistério acabou E as ilusões de ótica também Senti a brisa leve que soprou E então lembrei de ti e tudo ficou bem Como um céu azul No beijo que eu sonhei
Porque quando eu cheguei aqui No meu disco voador Eu vi uma guria que não me achou assustador E hoje somos um Pensando sobre o mundo E todo mundo que nos diz Que hoje não há mais nenhum Amor de verdade
Caminhando pelas ruas de mãos dadas Contemplando o infinito dessa estrada Baby, te fiz um buquê Pois baby, não temos motivos pra crer Em ninguém
Porque quando eu cheguei aqui E os sinos de latão Cantaram em nossos ouvidos a sua velha canção Transcendendo a acidez De quem briga sem lutar Eu vi que o amor é um mar Que é nosso, é de vocês E é flor que não morre
Compositor: Pedro Henrique Custodio Nascente (Pedro Nascente) ECAD: Obra #15567633