Peão Carreiro e Mulatinho

Boi Cigano

Peão Carreiro e Mulatinho


Na cidade de Andradina
Com uma boiada eu fui chegando
Eu tava só com dez peão
Oitocentos bois nós vinha tocando

Na frente vinha o ponteiro
Com o berrante arrepicando
Com este gado de raça
Naquela praça fui atravessando

No meio desta boiada
Eu levava um boi por nome Cigano
O mestiço era valente
Por onde andava fazia dano

Ganhei o boi de presente
Na negociada dos cuiabano
Já vinha recomendado
Pra ter cuidado com esse tirano

O comprador deste gado
Na estação já tava esperando
Pra fazer o pagamento
Depois do embarque dos cuiabano

Joguei os bois na xiringa
E gritei pros peão, já podem embarcando
Embarquemos os pantaneiro
E no mangueiro ficou o Cigano

Chegou naquela cidade
O grande circo Sul Africano
Os homens com o proprietário
A respeito o boi tava conversando

Insultou-me numa briga
Do leão feroz e o cuiabano
Bati vinte mil na hora
E jogo por fora estava sobrando

O circo estava lotado
E o dado momento estava chegando
Quando as feras se encontraram
Eu vi que o mundo ia se acabando

Uns gritava de emoção
E outros de medo estava chorando
Em vinte minutos o leão
Debruçou no chão e ficou urrando

O leão é o rei das fera
Na selva ele é o soberano ai, ai
Com sentimento seu dono
Entregou o trono pro meu Cigano ai, ai

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Manoel Nunes Pereira (Manoel Nunes)
ECAD: Obra #106071 Fonograma #9998

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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