Andar de cavalo adoro Não abuso nem me canso Ouvindo a sanfona eu danço E em quanto danço namoro Perdendo uma mulher choro Mas tudo se reabilita Quando outra me visita E eu em seus braços me instalo
O som que a sanfona tem Me anima e me deixa forte O cavalo é o transporte Que me leva muito além Voz de mulher me faz bem Mexe comigo e me agita Tanto que quando ela grita Só pra ouvi-la me calo
Mesmo que eu tente não somo Forrós que tenho dançado Monto em cavalo domado Se não for domado eu domo Beijo de mulher é como Minha fruta favorita Até o que ela vomita Eu engulo e não me entalo
Ouvindo a sanfona canto Danço pulo e tudo topo Tendo um cavalo eu galopo Certo de que me garanto Mulher me encanta dum tanto Que o meu espírito levita E o meu coração saltita Quando em seu corpo resvalo
Se uma sanfona tocar Fico todo arrepiado Tendo um cavalo selado Dou tudo pra galopar Mulher pra mim pode estar Vestida de grife ou chita Ser senhora ou senhorita Que noutra coisa nem falo
Quando um sanfoneiro quer Tocar eu danço e desponto Pegando um cavalo monto E vou pra onde eu quiser Pra não ficar sem mulher Permito que um troglodita Cuspa na minha marmita Depois pise no meu calo
Compositor: Francisco Costa do Nascimento (Paulo de Iguatu) ECAD: Obra #17589711