Numa fazenda bonita um certo dia chegou Um menino muito simples que quando se apresentou Quis trabalhar de vaqueiro e o fazendeiro aceitou
Serviço de seis vaqueiros só o menino fazia Não merendava e almoço só depois do meio dia De madrugada já tava cuidando da vacaria
O menino nunca quis com ninguém fazer conchavo Montava em cavalo arisco campeava touro bravo E o fazendeiro o tratava como se fosse um escravo
Uma tarde o fazendeiro no mato falou: agora! Vá laçar aquele touro ele o laçou sem demora Mas como não tinha força deixou o touro ir embora
O fazendeiro zangou-se com o menino vaqueiro O arrastou pelo chão e bateu com tanto exagero Depois o jogou sem vida em cima dum formigueiro
Já estava escurecendo o fazendeiro voltou Não quis jantar foi dormir e nem se preocupou Mas quando foi meia noite teve um sonho e se assombrou
Correu pro mato chorando e encontrou no local O formigueiro enfeitado com flores do matagal Algumas velas acesas do menino nem sinal
Quando o fazendeiro viu, do meio dos matagais Vinha um menino montado em um cavalo sagaz Quando parou foi dizendo já cheguei não chore mais
Vim só lhe pedir que esqueça tudo que me fez sofrer Quando precisar de ajuda se algum mal acontecer Chame o menino vaqueiro que eu venho lhe socorrer
Disse isso e foi embora e hoje todo fazendeiro Quando some gado ou burro, bode cavalo ou carneiro Basta fazer uma promessa com o menino vaqueiro Tudo aparece depressa basta fazer uma promessa com o menino vaqueiro
Compositores: Francisco Luis Rodrigues Lima (Luizinho de Iraucuba), Francisco Costa do Nascimento (Paulo Nascimento) ECAD: Obra #1792682