Muito longe da cidade, na roça um casal vivia Seis filhos todos pequenos, o que o casal possuía De novo a esposa gravida, o sétimo filho teria Só que dessa vez trigêmeos, já tava chegando o dia Sem condição financeira, sem uma vaca leiteira Do casal o que seria
As três crianças nasceram, o pai falou lamentando Meu deus, e entrou no mato, viu uma vaca pastando Tava de bezerro novo, parecia lhe esperando O pobre homem pensou, isso é deus que está mandando Até que o dono apareça, meu trio de meninos cresça Vou seu leite aproveitando
Foram se passando os dias, e aquela vaca mansinha Dava dez litros de leite, de manhã e a tardinha Cedo saia pra o pasto, a tarde pra o curral vinha E o pobre casal feliz, dava graças porque tinha Dias muito bem vividos, leite pra os recém-nascidos E pra família todinha
Se passaram dose meses, o bezerrinho cresceu E aquela vaquinha mansa, leiteira permaneceu Era no final do ano, quando o dia amanheceu O mesmo tanto de leite, a vaquinha mansa deu Aí saiu do curral, direto pra o matagal E nunca mais apareceu
Quando a vaca não voltou, o homem preocupado Procurou por toda mata, mas não teve resultado A noite voltou pra casa, já pra morrer de cansado Parou, pensou e falou, agora tá explicado Essa vaca deus mandou, não me deu só me emprestou Oh meu deus muito obrigado
Compositor: Francisco Costa do Nascimento (Paulo de Iguatu) ECAD: Obra #37716560