Na velha calçada, de folhas tombadas ao sopro do outono, Um homem do pampa reponta na estampa ponchadas de sono O baile foi bueno, alegre e sereno, floreado de amigos Cruzando a neblina, o cheiro da china, carrega consigo.
Encilha o cavalo no timbre do galo clareia o caminho Buscando o sossego, revoam morcegos no antigo moinho. Nesta geografia de pasto e poesia lá vai o charrua. Na guarda do pingo, o custo latindo pra um resto de lua.
A cena nativa faz parte da vida de um povo com brilho, Raça que não morre, porque o sangue corre nas veias dos filhos, Rio Grande de outrora, Rio Grande de agora, Rio Grande de sempre Na sina campeira, na cor da bandeira, é Rio Grande da gente.
Batendo na marca vai junto ao monarca a história distante, Reduções missioneiras, farrapos, fronteiras, heróis imigrantes, Murmuram as esporas e os cantos de aurora acordam o paisano, E vê que a querência, não muda a essência no passar dos anos.
Churrasco, rodeios, mateadas, floreios de gaita e violão, Trabalho irmanado na luz do povoado e na paz do galpão Rio Grande é beleza, eu tenho certeza você me entendeu, E quem é da terra, morre pela terra, que tanto lhe deu.
Compositores: Pedro Luiz Neves de Paula (Pedro Neves), Leo Francisco Ribeiro de Souza (Leo Ribeiro de Souza) ECAD: Obra #263783 Fonograma #1251931