(refrão) Quem tá por cima, tá se achando demais Quem tá por baixo, tá se achando também Irônico dizer que todos buscam a paz Quando na verdade, o que buscam é serem alguém
(tom poeta) Ele pensa "sou o tal, só vivo o que prego" No fundo, no fundo, se engasga com o próprio ego Visa ter poder para poder ter E se satisfazer Nem que para isso precise ter um coração freezy Não farão aquilo que não dá ibope Nem andarão com quem não está entre os tops É muito fácil nas pessoas pisar Pra no topo chegar, pisar em ovos não dá Eles dizem (uuh) "eu quero, eu faço, eu posso, eu conquisto, baby" (uuh) "adoro ser o centro, ser o alvo, o topo, a meta, mano Desde que o mundo não gire" Na mente do egocêntrico há relação de um grande tombo Onde o mundo não é piramidal, e sim redondo Confia demais no seu taco, abre teu olho Tá numa sinuca de bico, bota tua barba de molho
(renê) O ego bate à porta de quem não quer ver Ou finge saber o que vai acontecer Mas eu tô fora do sistema, livre das algemas Que não batem com meu tema E que exigem situações extremas Onde abordam o "eu" em primeiro "você" em terceiro E vive num espelho Onde só enxerga o seu próprio eu Enigmáticas as práticas estáticas que enfatizam Que não quero saber do seu E só quero saber do meu O ego consumiu Hoje o provável é ficar estável Se eu troco o incerto pelo certo Sou considerado errado O mundo está pelo avesso Hoje eu meço, peço e confesso Nas minhas rimas forneço E expresso o meu próprio erro Da ambição e egoísmos fez seu túmulo E o naufrágio, se torna plágio Vida segue e pagamos pedágio Estampado no jornal de uma forma formal Mas eu não quero seu conceito Onde o seu ego é central
(tom poeta) Algumas atitudes venero, outras apenas tolero Não nego que o ego me faz ser melhor Mas em excesso me leva a ficar cego Não sossego enquanto eu não ver o júri Bater o martelo no prego Alego acusação contra coração feito de lego Aí é muito capricho, foco os olhos no meu nicho Tu com Deus tem luxo sim Mas tu sem Deus que é um lixo