Face sem expressão, emoção subtraÃda A cada visão de uma criança sem vida A cada visão de uma mulher caÃda, despida no matagal Sem vida profanada por um sub-humano animal
Antes do Samu (Ambulância) chegar quem vai levar pro hospital? Quantas vezes vi a morte levar vidas da minha mão Só quem trabalha nas ruas entende o caos Não sou um policial atrás da mesa na administração
E quer que eu fale de flores se tudo provoca dores E censuram os criadores de arte policial Eu crio personagens atores ilustro os horrores Dos senhores que foram tragados pelo mal
Das almas perdidas desenvolvidas na vendeta (Vingança) Não teria treta se fizesse funk escravoceta Se cantasse para adolescência mexer o rabo Enquanto a ciência não explica o suicÃdio de mais um cabo
Eu me acabo em horas pensando, tentando entender Onde estamos para onde vamos não quero te convencer De nada, minhas verdades são internamente questionadas Ao ver uma criança carente sendo mal direcionada
Quantas vezes expliquei que na sede de vingança O protagonista tem problemas psÃquicos Mas o fracassado, frustrado, fingi ter tolerância Na esperança que eu gere bonança para seu currÃculo
Insetos voam para luz e se queimam sozinhos Eu não sou Jesus para aceitar uma coroa com espinhos Eu não sou Jesus para dar a outra face para agressão Minha vida sem honra passa ser uma vida em vão
Vários querem me conhecer eu não tenho interesse Se soubessem que eu sou ficariam surpresos Eu sou um poço de estresse mal-humorado se lê se A minha face ia entender o valor desse preço
Que eu pago sempre estrago meus relacionamentos Na inquietude pois trago um milhão de pensamentos Quando esmago o meu passado que causei sofrimentos Já fui tão errado, tão frio, sem ter sentimentos
Por isso eu canto meu no canto com 100 personagens Se eu cantasse meu pranto tu pedirias suma! Eu li tanto pensei tanto que só encontrei miragens Nesse mundo a paz cacei e não achei porra nenhuma
Entende por que escrevo 100 personagens? E não escrevo tanto sobre minha vida pessoal Tento dividir com os senhores o peso dessa bagagem Que trago, afundando no lago do inferno astral
Me faz mal explicar tantas vezes, mas levo na boa Os motivos que por meses ainda serei anônimo Fala que portugueses são burros, mas em Lisboa Entenderam Fernando Pessoa, e seus heterônimos