Apresento a você meu mundo cruel Nunca acreditei em Papai Noel Nunca tive nada Uns Pano um pisante Só choro e sofrimento Um sonho bem distante Ia pra escola Roupa velha Chinela trocada Amarela, preta ouvia muitas piadas Logo eu, logo eu um preto sonhador Com 11 de idade querendo ser Doutor Morador da favela será que segue carreira Não quero ser mais um corpo achado na lixeira Sempre fui sonhador Queria muitas riquezas Mais nem mesmo na janta tinha comida na mesa Barriga roncando chega a doer a alma Nessa situação muitos perderam a calma Descalço sem chinelo os pés cheio de bicheira Peguei varias doenças catando lixo na feira Ninguém tem do de mim Ninguém fez nada por mim Se dependesse dos cachorros Já tinha chegado ao fim cade o dinheiro no bolso ? cade o carro da hora ? cado o emprego digno ? cade a minha história ? sem glória, o nóia e piorando o que tem sem gloria e nóia na praça pagando pal pra alguem os traficantes qualquer vendendo seu artefato não, não, não maloqueiro dou preço alto andei berando o asfalto observando as carretas, Bmw, mercedes vixe, é muita treta eu e minha bereta, nos passeios do mal, só eu e ela, ela e eu tipo um casal prontos pra fazer o mal, num sinal qualquer, num bairro nobre de brasilia, vai ser agora ladrão que meu mundo vira,
Agora o bicho vai pegar por que estou armado andando no Df, louco e enjuriado, não me deram chances pra ser um cidadão agora sou mais um bandido com um revólver na mão }2x
vamo embora vagabunda desce da carreta para de gritar se não o dedo ... não tenho nada a perder mais você tem alguns filhos pra criar e muitas notas de 100 olha o estilo dela olha o carro dela toda engomadinha estilo cinderela, ela esta com medo o porta-mala é escuro vou pilotando o carro fumando meu bagulho a cada minuto adrenalina está subindo é meu primeiro assalto coração está tinindo não vale rezar por que Deus não apoia isso então prossigo o ato correndo esse risco ... mais dei um vacilo sabe como é não dei o bacu naquela mulher, tinha um celular ... na calcinha ela ... caguetagem de galinha
''- bora vagabundo quer morrer ? mão na cabeça, não se mexa, já é mete algema nesse pilantra ai ... mete algema nesse pilanta ...'' ''- Ô senhor perai eu não fiz nada não, eu sou cidadão, me solta, me solta ..." ''- é cidadão " é papo desce "
Agora o bicho vai pegar por que estou armado andando no Df, louco e enjuriado, não me deram chances pra ser um cidadão agora sou mais um bandido com um revólver na mão }2x
Tentei fugir, correr mais que nada foi na primeira tentativa que eu levei uma ... veja só, vai vendo se liga, veja você como é a vida as vezes boa as vezes zica apanhei, páa chorei, algemado todo quebrado feei desfigurado, com um pretinho no canto da cela banho gelado esperta, mais o frio aperta pensei que era esperto mais que nada, eu não passava de um merda, piada agora sou mais um pretinho no canto da cela sentindo falta da familia e da favela.
Agora o bicho vai pegar por que estou armado andando no Df, louco e enjuriado, não me deram chances pra ser um cidadão agora sou mais um bandido com um revólver na mão }2x
5 anos de cadeia, maior depressão eu queria dinheiro agora rã nenhum tostão não valeu a correria, os meus adiantos numa cela de um presido sentado num banco, trocando ideia com cara que eu nem conheço no crime cobra caro olha só o pesso me envolvi nessa vida, não sei como parar ontem eu tinha liberdade não ... hoje só tenho uma cela, o tempo passa de vagar e eu não conheço as regras desse tal lugar
Agora o bicho vai pegar por que estou armado andando no Df, louco e enjuriado, não me deram chances pra ser um cidadão agora sou mais um bandido com um revólver na mão }2x
Compositores: Fabio Pereira da Silva, Iassomy de Melo Santos (Mano My) ECAD: Obra #21279473