Os Serranos

Guri

Os Serranos


Das roupas velhas, do pai, queria que a mae fizesse
Uma mala de garupa, uma bombacha e me desse
Queria boinas alpargatas e um cachorro companheiro
Pra lhe ajudar a botar as vacas, no meu petisso sogueiro.

Ei de ter uma tabuada, e o meu livro queres ler, vou aprender
A fazer contas e algum bilhete escrever, pra que a filha do seu bento
Saiba
Que ela Ă© meu bem querer, e se nao for por escrito, eu nao me animo a dizer
E se nao for por escrito, eu nao me animo a dizer

Quero
Gaita de oito baxo, pra ver o ronco que sai, botas feitio do alegrete
E espora do ibirocai, lenço vermelho e guaiacas, compradas lå no uruguai
E Ă© pra que diga quando eu passe, saiu igualzito ao pai, pra que me digam quando eu passe, saiu igualzito ao pai.

E se deus nao achar muito, tanta coisa que eu pedi, nao deixa que eu
Me separe desse rancho onde nasci, nem me desperte tao cedo
Do meu sonho de guri
E de lambuja permita, que eu nunca saia daqui
E de lambuja permita, que eu nunca saia daqui

Compositores: Joao Batista Machado, Julio Machado da Silva Neto (Julio Silva Neto)
ECAD: Obra #1503970 Fonograma #38341

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