Os Serranos
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Atorando Um Xote

Os Serranos


Quando me encontro chimarreando num galpĂŁo
Junto tropilhas de saudade entre as brasas do tição
Enxergo longe as lembranças do passado
Se entropilharem solitas dentro do meu coração

E tudo isso me faz recordar a infĂąncia
Da velha e querida estĂąncia e dos dias de rodeio
Escuto um bufo na minha alma campeira
Duma cordeona grongueira atorando um xote no meio


(Olha lĂĄ fora e me vejo dando porrete
Quando era um Ă­ndio ginete agarrado no sirigote
Num desses potros com maçaroca na cola
Força no lombo e granito no cogote)

Ainda me lembro dos fandangos nas trĂȘs bocas
Tironeando as Ăąnsias loucas quando a lua pasta baixa
E o AdĂŁo Braga o famoso AdĂŁo Papudo
Que parecia um cuiudo numa rancheirita guacha


Quando me for morar debaixo do chĂŁo
Meus apetrechos campeiros quero levar no caixĂŁo
Quero meu mango e as crinas de um redomĂŁo
As alças da minha gaita enfim nas minhas mãos

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