Quero que cada linha minha acrescente algo a mais Porque de referência merda já basta ter o meu pai Sem ostentar buceta, grana, e bebida lilás Pra alimentar meu ego com apenas mais alguns reais
Não quero me tornar cego e escravo de hipocrisia Que o auto na minha voz seja de autonomia Pra chegar aonde quero não basta eu ser sincero Tornando ideias claras, como ia luz do dia
Que destrói a tua vida inteira Se reduzirá ao pó e não falo da tua carreira
Tomando doses de grana Com gramas de skank bosta Afogados na porcelana Por serem tão idiotas
Ao ponto de sad song Ser a música da moda É foda Ver que acham depressão algo da hora
E agora tudo se cala Pra ouvir as linhas da escória Imundo no mundo cinza Tipo as paredes do dória
Luxuria, luxo riqueza Fraqueza gera lamuria Encanta a realeza Mas só fortalece a fúria
Os muros pintados falam pelas ruas Os muros calados falam mais do que palavras mudas
Carece de de prece O mundo gira e te joga na rua Profundo fundo do poço Em que a alma futua O corpo falece palavras mudas Vida adulta tá ai, realidade continua
Carece de de prece O mundo gira e te joga na rua Profundo fundo do poço Em que a alma flutua O corpo falece palavras mudas Vida adulta tá ai, realidade continua
E 50 tons de preto Se tornam mais preto ainda Represento o som do gueto Sabota, Malcolm, Mandiba
Marimba não me alcança De pipa o vento precisa Preciso de confiança Preciso, pra a vida
Preciso, pra minhas linhas Que não aceitam fiança Meu sonhos voam mais alto Que as sonhos de uma criança
Morpheu me abençoa Com um talento sagrado Mas do jeito que o mundo gira Não adianta eu sonhar parado
E a vitória o mundo tem selecionado Quem acredita sempre alcança Tu vai esperar sentado?