Na água gelada do teu rio O batismo que inicia O meu outono em tom febril É amarelo
Molha as minhas folhas e leva Vela, ofélia, por mim Milagres ou quimeras Ora, ora por mim
Nas águas passadas do teu rio É tanto banho de água fria Como de praxe Pela terceira vez num mês Vai chover, chover, chover Pra amadurecer, amor
(Primavera)
Num passado Tempos idos Eu calado, constrangido, enfim Pude crer, minha vez está Finalmente aqui
Que aurora tão minguada Constituição mirrada Florescende tênue e sacra A tenra mocidade
Eu, receoso juvenil O meu peito treme e arqueja E você sem dó Teu vestido leve Despeja Um frêmito encarnado E eriça o meu pudor
Ofegante face a face Tão efêmero mal nasce e já esvai
Minha senhora Nas altura puras plenas Sua alteza serena
Você vai me deixar essa noite Um ramo invisível de alívio e dor Mil calafrios vão da candura ao rubor Tudo é tão triste tão belo tão revelador
Compositor: Desconhecido no ECADIntérprete: Roger David Valenca (ABRAMUS)Publicado em 2014 (10/Set) e lançado em 2014 (15/Out)ECAD verificado fonograma #9741763 em 15/Abr/2024 com dados da UBEM