Omnira
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Omnira é um grupo formado por três mulheres e um homem: Jana D'Notria, Paty Treze, Juliana Sete e Dj Neew. O grupo tem parte de sua formação vinda de Jaraguá (Zona Oeste), Perus ( Zona Oeste), da Pedreira (Zona Sul) e Jardim Paraná na região da Brasilândia (Zona Norte), todas no Município de São Paulo.

Paty e Juh fizeram as primeiras apresentações e iniciaram a gravação de algumas músicas em 2013, o nome Omnira é um dialeto originário de língua Yorubá que significa "Liberdade", ambas se identificaram com o nome e iniciaram o grupo com intuito de lutar por isso, pela liberdade de todas e todos e pelo poder de serem livres pra poder cantar e ser o que quiserem.

Pouco tempo depois Jana D'Nótria e Dj Neew entraram de maneira oficial no grupo, porém, todas já tinham uma grande caminhada no cenário musical.


Janaína dos Reis Balbino,( 32 anos ) conhecida como Jana D'Notria é uma cantora madura e experiente, já cantou em grupos de soul music e música negra em geral, canta desde muito pequena e cresceu em uma casa onde se ouvia muita musica negra norte americana e musica negra brasileira.
D'Notria quando criança frequentava Umbanda com sua família que mais tarde faria transição para igreja evangélica (como muitos negros em diversos continentes), dessa forma recebeu influências tanto de uma quanto da outra religião na forma de cantar apesar de hoje não ter vínculos religiosos.

Janaína D'Notria fez participações em grupos de rap como back vocal, gravou um álbum com seu marido e foi integrante de um quarteto de negro spiritual, hoje canta e rima pesadamente no Omnira.


Maria Patrícia Rodrigues Sampaio (26 anos) conhecida como Paty Treze é poetiza e mc, começou a escrever suas letras em 2002.Apaixonada desde muito cedo, rodeava seu tio e irmão mais velho (o também rapper Tchock Kurt marido da Janaína D'Notria) enquanto eles ouviam o programa Espaço Rap da radio 105fm e gravavam suas fitinhas.
Paty Treze cheia de atitude montou seu primeiro grupo durante o ensino médio, o grupo acabou assim que se formaram, mas ela se graduou na escola do Hip Hop e foi uma das mentes mirabolantes que projetou o grupo Omnira.

Juliana Xavier (32 anos) conhecida como Juliana Sete iniciou em 1999 incentivada pela forte cena hip hop da zona oeste de São Paulo.
Mãe dos talentosíssimos Nicolas Cauê (Mc no grupo Otha Ideia), das pequenas poetisas Julia Isabele, Nara Luisa e do caçula Ícaro Miguel.
Juliana sabe da dificuldade que as mães da periferia enfrentam e coloca isso muito bem em suas letras.
Seu gosto musical é bem eclético, mas o Rap reina em sua vida.Tem sua fé fortemente confirmada nos Orixás e sempre faz saudações e menções a eles sem se importar com a onda de intolerância religiosa que cerca nosso país.
Antes de ser integrante do grupo Omnira fez parte do grupo Nsr (Nocaute Rima Súbita) e várias participações em outros grupos.


Nilton Francisco de Oliveira (31 anos) conhecido como Dj Neew produz e toca desde 2006 e já participou de diversos projetos culturais e coletivos, tem mil e uma atribuições na vida: é beatmaker, produtor musical, Dj, colunista colaborador do Portal Bocada Forte e educado.
Trabalhou com produções para grupos como Odisseia das Flores e rappers solo como Zap San, Dory de Oliveira, Amanda Negrasim, Tabata Alves, Natali Lima, Projeto Preto entre outros. Poderia falar também do trabalho de Dj e produtor do grupo Dê Loná.
Fez parte do Projeto Ostensivo de Rimas em 2010 em Guaianazes- Sp, participou da Liga dos Beats em 2012 e foi vice campeão da Battle Beats Brasil também em 2012.

Com conceitos e levadas africanas em suas músicas, o grupo trabalha para evidenciar sua luta por liberdade para Todas e Todos discursando contra o racismo, a favor do empoderamento da mulher, sobre a fé nos orixás e a liberdade de ser e agir.

Na companhia de diversas de diversas vertentes dentro do Rap, Ragga, Funk e demais vertentes musicais de origem ou influência afro.

O grupo levou sua vibe positiva em todos os eventos que participou no decorrer de sua trajetória como Virada Cultural Feminista no Ccj - Vila Nova Cachoeirinha, Alvarenga Rap City na zona sul, Projeto Mais Rap no Campo Limpo, São Mateus em Movimento, Jovens Talentos do Hip Hop ocorrido em Santana, Roda de Conversa no Tremembé, apresentação pelo mês do hip hop nos anos de 2016 e 2017 e muitos outros.

A música ''Grito de Liberdade'' lançada como primeiro single oficial do grupo foi escolhida para integrar a coletânea do projeto Pretatitude no inicio de 2016, entrou na playlist semanal do site Bocada Forte e também da coletânea Da Periferia Pra Net do portal Noticiário Periférico além de ser mencionada em outro artigo do próprio site chamado ''7 Mulheres do Rap Brasileiro que você precisa conhecer'', também se tornou tema de Tcc de pós graduação da Faculdade Cásper Líbero.

Omnira também fez parte da ''Cypher Bola da Vez'' ao lado de diversos grupos do cenário do rap nacional.

Em Abril de 2017 lançaram o single ''Dna Do Protesto'' em que busca valorizar situações da ''quebrada'' reunindo o rap ao funk e fazendo da música uma forma de protestar e também exaltar mulheres que fizeram e ainda fazem parte da cena do hip hop brasileiro.




Sobre o Disco


O disco Grito De Liberdade é um trabalho conceitual e como o grupo gosta de intitular "rap de tambor" , ele traz influencias de pontos de candomblé e umbanda nas instrumentais produzidas por Dj Neew que compõe o grupo como Dj e produtor.
As letras trazem o cotidiano da periferia e a luta das mulheres nas diferentes rotinas delas narradas dentro das experiências e vivências de cada integrante e compositora do grupo.
O disco aborda temas como violência policial, genocídio da população preta,pobre e periférica, abandono afetivo de pais, racismo, solidão da mulher negra, padrões sociais de beleza e comportamento, a dispersão d'Afrika, culto aos Orixás, maternidade, colorismo e apropriação cultural.

Um disco conta com 10 faixas cheio de vida e gritos de fato.

Composições de Janaína D'Notria,Paty Treze,Juliana Sete Participações com Emilin,Mazum,Xan e T Flow Mc e gravado no estúdio K36 com Lc.
A arte da capa ficou por conta de Gisa D'Nótria.
Lançado em 25 de Julho ,dia da mulher negra latino americana e caribenha em formato digital, nosso grito, nosso agô.

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