Só resplandece o caminho do bem Mar de fogo que me faz refém Traço, vejo o fim do inicio Um vício perdido em busca de alguém
Alvo fácil esse coração Recebo e entrego a flor da traição Seu espinho expele o veneno Que corre em nossas veias por tradição
Não está mas aqui quem nasceu Não está nem aí quem sofreu Divindade em um mundo perdido Perverso em um ciclo que nunca morreu
Corpo explode em dor e a canção Nos devas feito um furacão Junte as mãos, ajoelhe e perceba que o fogo É o fim logo apos o perdão
A chuva de concreto que irriga o meu solo Faz florescer no meu jardim deserto a dor A nuvem negra que flutua sobre nossa cabeças Me faz perguntar sobre esse tal de amor
Cultivam ódio, plantam medo E apodrecem os frutos Nos cospem o veneno que dentro deles brotou Querem meu lar, mas também querem meu sangue Nem mesmo com essa hemorragia o corpo descansou
Salve os tiros, salve as bombas Corra pra não ver Meu sangue quando jorrar na tv Me façam alvo, levantem os muros Contenha a emoção Quando meu sangue sujar as suas mãos
Me querem de joelhos, sob a mira do cano Dilaceram minhas idéias e calam minha voz Caminho sobre a morte encima dos escombros E poeira cinza esconde meu algoz No meio do oceano enxergo a esperança Mas me afogo na pureza salgada do mar E nesse bote que não salva vidas clamo aos céus Que um dia alguém possa me alcançar
Um salve a vida, um salve a morte Durma para tentar, sonhar com o futuro de ilusão Permaneça, reconheça que o mundo é o meu lugar E que náo há razão que me faça parar