Será que vi demais, bebi demais?
Será que vivi demais?
Será que cresci demais, sofri demais?
Será que sorri demais?

Demasiado dentro
Demasiado tempo
Para saber como se faz lá fora
Aquilo que nos convém
A quem se faz e a que horas se faz bem.

Não sei,
Ninguém me elucida
Ou se entra na corrida de correr atrás de si
Correndo a escorraçar os outros
Somos tantos, tantos
Somos tantos e tão poucos
Mas vendo bem, quando é dada a partida
Passamos a sentir que tanto faz.

Será que vi demais, bebi demais?
Será que vivi demais?
Será que cresci demais, sofri demais?
Será que sorri demais?

Será que quis demais? Nunca se quer demais.
Será que eu fiz demais?

Demasiado dentro
Demasiado perto para saber se ao chegar...

... Lá fora ainda reconheço quem
Me dá a mão ou somente o que tem
Não sei,
Alguém que me elucida.
Só vais encontrar saída se na contramão de ti
Correres a encurralar os outros.
Acho pouco, pouco,
Acho mesmo muito pouco
E vendo bem, quando for dada a partida
Vou ficar a ver os tolos
Vou deixar-me para trás.

Será que vi demais, bebi demais?
Será que vivi demais?
Será que cresci demais, sofri demais?
Será que sorri demais?

Será que quis demais? Nunca se quer demais.
Será que eu fiz demais?

Demasiado cedo,
Demasiado cego
Para saber que era demais
Para saber que era demais
Para saber que era demais
Para saber que era demais
Para saber que era demais